Promotor paraguaio especializado em crimes de fronteira é morto em praia da Colômbia

A Interpol no Paraguai confirmou o assassinato, na terça-feira (10), do procurador do Ministério Público do país, Marcelo Pecci, de 45 anos, especializado contra o crime organizado e tráfico de drogas, que estava na ilha de Barú, na cidade de Cartagena, Colômbia.

O promotor de Justiça estava de lua de mel, com a esposa, a jornalista Claudia Aguilera, que está grávida. Pecci e sua esposa estavam saindo da praia quando uma dupla chegou na praia de jet-ski. A esposa do promotor saiu ilesa.

O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai informou, por meio de nota, que a embaixadora do Paraguai na Colômbia, Sophia López Garelli, acompanha a investigação.

O presidente Mario Abdo Benítez, disse que o “assassinato covarde do promotor chocou a nação inteira” (…) “é muito triste e doloroso” e prometeu que seu governo vai continuar na luta contra o crime organizado. O governo dos Estados Unidos ofereceu ajuda para esclarecer o crime.

Nesta quarta-feira, a imprensa colombiana divulgou que pelo menos três pessoas participaram do assassinato, dois que estavam no jet-ski e um olheiro por terra. As autoridades acreditam que o promotor era seguido desde o Paraguai.

Casos

Um dos casos de maior repercussão do trabalho de Pecci é a chacina em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Mato Grosso do Sul, em outubro de 2021, onde entre as vítimas estavam a filha do governador de Amambay, Haylee Caroliona Acezedo Yunis, 22 e as brasileiras Kaline Reinoso Oliveira, 22 anos, natural de Dourados (MS), e Rhannye Jamilly Borges de Oliveira, de Cáceres (MT),

Outro caso de repercussão foi o assassinato do jornalista brasileiro Léo Veras, morto com 12 tiros em fevereiro de 2020, em Pedro Juan Caballero.

Pecci trabalhou ainda, nas apurações da prisão do jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, preso no Paraguai em 6 de março de 2020, após entrar no país com passaporte falso.

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