O protesto pela redução do preço do Diesel no Paraguai continua nesta semana com manifestações cada vez mais violentas. Em uma das manifestações, um caminhão brasileiro foi atingido pelo que parece ser um disparo de arma de fogo.
Segundo o caminhoneiro brasileiro, ele estava parado em um bloqueio em Caaguazú, quando teve o para-brisa do caminhão quebrado por algo que parece ser um tiro. “Eu estava parado, no meio dos outros caminhões, não furei barreira, estava no meio dos outros caminhões, tô achando que foi um tiro, não achei a bala, mas fez só um buraquinho, estraçalhou o vidro, mas não caiu” disse ele.
O caminhoneiro chegou a pensar que tinha sido atingido. “Eu levei um susto muito grande, achei que tinha o tiro tinha acertado em mim, fiquei procurando pelo corpo, mas acho que foi só os estilhaços mesmo” relatou. O caminhão pertence a uma transportadora de Foz do Iguaçu.
Nesta quinta-feira, 24, o Sindicato dos Transportadores Rodoviários de Foz e Região emitiu um Ofício exigindo segurança aos caminhoneiros brasileiros em território paraguaio. O documento foi encaminhado ao Embaixador Brasileiro no Paraguai e ao Diretor Responsável pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Subunidade de Foz.
“Tem-se notícias de agressões, depredações, barricadas e até disparos de arma de fogo em direção aos motoristas de transportadoras brasileiros, situação que vem ocasionando receio nos colaboradores em circular no país vizinho, inclusive com demissões e dispensa médica por estresse pós-traumático, causando prejuízos incalculáveis ao setor de transporte, já afetado pelo aumento de custos operacionais.
Assim, considerando o conjunto de imagens e vídeos recebidos (em anexo), aliado ao movimento paredista violento desbaratado por organizações de classe no país vizinho, com atingimento direto a cidadãos brasileiros, requer sejam adotadas providências cabíveis, respeitada a soberania do estado estrangeiro, para auxiliar na garantia do direito à vida, integridade física e livre circulação dos cidadãos brasileiros naquele país, sem prejuízo da identificação e repreensão dos agressores”, salienta o Ofício.
Para ler a nota encaminhada à ABIN clique aqui.
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