O número de turistas que desembarcam em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, para conhecer uma das Sete Maravilhas da Natureza deve dobrar nos próximos anos, como prevê o estudo que embasou a nova concessão do Parque Nacional do Iguaçu, que foi a leilão na última terça-feira (22). O governador Carlos Massa Ratinho Junior comemorou o resultado do certame e destacou os investimentos de cerca de R$ 4 bilhões previstos para os próximos 30 anos.
“O leilão promovido pelos ministérios do Meio Ambiente e da Economia mostrou que o Paraná tem um potencial turístico gigantesco, que será potencializado ao receber investimentos bilionários”, disse o governador. “A nova concessão trará uma grande transformação naquilo que já é maravilhoso. Esse patrimônio do Paraná e do Brasil terá uma reestruturação para comportar o volume de turistas que vêm ao Estado para visitar as Cataratas”.
Ratinho Junior ressaltou, ainda, que a ampliação da pista do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu vai facilitar a recepção desse público, que deve chegar a 4 milhões de pessoas por ano. Entregue em abril do ano passado, a obra aumentou em 664 metros a extensão da pista, que passou de 2.194 metros para 2.858 metros de comprimento, tornando-se a maior pista em aeroportos do Sul do Brasil.
O projeto é fruto de uma parceria entre a Itaipu Binacional, a Infraero e o Governo do Estado e recebeu investimento de R$ 53,9 milhões, sendo 80% oriundos da Itaipu. A pista mais extensa permite o pouso e a decolagem de aeronaves de grande porte, viabilizando voos diretos da Europa ou dos Estados Unidos. “Essa melhoria passou a ser um facilitador para os turistas estrangeiros, que tem procurado muito visitar as Cataratas”, completou.
Nova concessão
O consórcio vencedor do leilão realizado na Bolsa de Valores foi o Novo PNI, composto pelas empresas Cataratas SA e Construcap. Eles ofertaram R$ 375 milhões pela outorga, um ágio de 350% sobre o preço mínimo estipulado pelo governo federal. Além desse aporte, o grupo se compromete a investir mais de R$ 500 milhões em novas infraestruturas e outros R$ 3,6 bilhões na operação do parque durante o período da concessão, previsto para 30 anos.
Esses investimentos têm o potencial de duplicar o número de visitantes do parque, com expansão da área concessionada e aumento na atratividade da visitação. A concessão é a maior do setor de parques já realizada no País. A receita da concessionária virá essencialmente dos ingressos cobrados para a entrada.
AEN