A suspensão do filme “Como se tornar o pior aluno da escola” foi publicada no Diário Oficial da União na data de hoje, 15. De acordo com a Secretaria Nacional do Consumidor, caso a disponibilização, exibição e oferta do filme não sejam interrompidas em até cinco dias, uma multa diária de R$50 mil deve ser aplicada.
A decisão, assinada pela diretora do Departamento de Proteção e de Defesa do Consumidor, Lilian Brandão, a medida foi tomada “tendo em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”.
O longa metragem lançado em 2017 e atualmente disponível em plataformas de streaming, inspirado em um livro do comediante e apresentador Danilo Gentili, é acusado de fazer apologia à pedofilia. Um trecho do filme que circulou nas redes sociais através de manifestações de influencers, gerou polêmica, por o personagem vivido por Fábio Porchat, sugerir um ato sexual por parte dos garotos.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que já havia se manifestado sobre a polêmica dizendo que tinha pedido a “vários setores” da pasta que adotassem as medidas cabíveis, compartilhou a decisão em suas redes sociais nesta terça-feira.
A postagem recebeu o apoio de outros membros do governo federal, como o secretário de Cultura, Mário Frias, e a ministra Damares Alves, que comanda a Secretaria da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Ontem, Danilo Gentili se defendeu das acusações. Por meio de sua assessoria frisou que o filme é uma obra de ficção. “Geralmente, o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas… O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá, gente?”, ironizou.
Com informações da Agência Brasil