A tarifa de energia de Itaipu segue sem uma definição para este ano de 2022. Nesta quarta-feira (23) a diretoria da binacional deve se reunir em busca de um acordo, onde o Paraguai deverá pedir a manutenção dos US$ 22,60 Kw/mês e o Brasil a redução para US$ 18,95 Kw/mês.
O Brasil conta com a aplicação do Anexo C, do Tratado de Itaipu, que estabelece a redução da tarifa por meio da amortização da dívida que este ano cairá para U$S 600 milhões, além da revisão do tratado em 2023.
Se valendo do componente “despesas operacionais”, o Paraguai pretende utilizar o excedente da produção para investir em infraestrutura elétrica, ficando com a energia total correspondente.
Dos 50% de energia que compete ao Paraguai, ficam no país aproximadamente 20%, enquanto o percentual restante é utilizado pelo Brasil por meio de pagamento por repasse de energia. A próxima reunião do conselho pretende definir a taxa que vai reger este ano.
Em novembro do último ano, uma delegação paraguaia chefiada pelo presidente Mario Abdo, pelo diretor paraguaio de Itaipu Manuel María Cáceres e pelo chanceler Euclides Acevedo, reuniu-se em Brasília com o presidente Jair Bolsonaro.
A Diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica do Brasil (Aneel), confirmou a aplicação de uma alíquota provisória, com a redução amparada pela queda do componente “dívida”, sem considerar as despesas operacionais como pretende o Paraguai, como pretexto de manter a tarifa.