Um dos principais motivos para a perda de audição em jovens é a utilização de fones de ouvidos não recomendados, além do volume alto para escutar música.
A perda auditiva costuma acontecer após um avanço na idade, geralmente depois dos 50 anos. Porém além do volume alto, do uso incorreto de fones e da idade, há outras causas que podem gerar uma surdez.
- Meningite e outras infecções
- Diabetes
- Cigarros
- Medicamentos ototóxicos;
O que são medicamentos ototóxicos
Os medicamentos considerados ototóxicos são aqueles que podem causar algum dano ao sistema coclear e vestibular. Esses danos costumam aparecer no caso de uso prolongado desses remédios. Em grande parte das vezes, a ototoxicidade é temporária e não causa distúrbios prolongados. Porém, se os medicamentos forem utilizados em excesso ou de forma inadequada, pode haver prejuízos permanentes à audição.
Já os casos de surdez congênita são transmitidos durante a gravidez, podendo ser consequência do consumo de álcool e drogas, má nutrição da mãe, doenças, como diabetes, ou mesmo infecções que surgem durante a gestação, como sarampo, rubéola ou toxoplasmose.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, quase 2,5 bilhões de pessoas no mundo, ou uma cada quatro, viverão até 2050 com alguma perda auditiva. O estudo foi feito em 2021 e no relatório divulgado, pelo menos 700 milhões dessas pessoas precisarão de cuidados auditivos. No Brasil segundo os dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2,2 milhões de pessoas possuem deficiência auditiva.
Descubra quais os níveis de surdez
– leve (26 a 40 dBNA): o paciente escuta bem os sons das vogais, mas o som de algumas consoantes podem estar inaudíveis, assim como outros ruídos como por exemplo: o tique-taque do relógio;
– moderado (41 a 70 dBNA): o paciente não ouve bem quase nenhum som da fala no nível de voz natural, sendo preciso falar bem alto para que ele ouça. Na prática, podemos relacionar essa perda com os sons fortes como por exemplo: o choro de um bebê e o ruído de um aspirador de pó.
– severa (71 a 90 dBNA): o paciente não ouve nenhum som de fala, e poucos sons são percebidos como por exemplo: um latido de cachorro, as notas graves de um piano ou o toque de um telefone em volume máximo;
– profunda (> 91 dBNA): o paciente não ouve nenhum som de fala e pouquíssimos sons do ambiente, como o um helicóptero, uma motocicleta e uma serra elétrica.
Perda auditiva tem tratamento?
Não existe tratamento para surdez, mas para recuperar a audição é possível recorrer ao uso de próteses auditivas ou implantes de aparelhos auditivos. Além da utilização, em alguns casos, da leitura labial e da linguagem de sinais para melhorar a qualidade de comunicação e interação social das pessoas.
As pessoas diagnosticadas com perda auditiva sofrem alguns impactos na vida individual e coletiva. Por exemplo em países com pouco desenvolvimento, as crianças com perda auditiva e surdez muitas vezes não são escolarizadas e os adultos tem uma taxa de desemprego muito maior. Além deste impacto, o paciente por vezes acaba se isolando do seu ciclo social por sofrer dificuldades para escutar direito.
A OMS estima que a perda auditiva não tratada representa um custo global anual de US$ 980 bilhões. Isso inclui custos do setor de saúde (excluindo o custo de aparelhos auditivos), custos de apoio educacional, perda de produtividade e custos sociais. 57% desses custos são atribuídos a países de baixa e média renda.