Dos quase 6 mil servidores públicos do Município de Foz do Iguaçu, cerca de 90 não apresentaram comprovação de vacinação contra a Covid-19. Em agosto de 2021, um decreto do prefeito Chico Brasileiro (PSD) tornou obrigatória a vacinação para os funcionários, podendo o descumprimento caracterizar falta disciplinar com abertura de um processo administrativo.
Os servidores que decidiram não se vacinar precisaram apresentar uma justificativa. Dos motivos apresentados praticamente todos foram negados após análise do setor de Saúde Ocupacional do Município. A exceções foram quatro atestados atestados médicos assinados por profissionais do estado de Goiás, que apesar de aceito, levantaram suspeita.
Outro grupo de servidores entrou com um pedido de mandado de segurança garantindo o acesso aos prédios públicos municipais sem precisar apresentar o comprovante de vacinação. O comprovante está sendo exigido para entrada em prédio da prefeitura e eventos deste o último dia 24 de janeiro, por força de decreto.
Osli Machado, procurador-geral do Município, questiona o porque desses atestados serem de médicos de outro local e não de Foz do Iguaçu, embora saliente que o documento médico é válido. “A gente começa a pensar que é possível que alguma coisa tenha por trás disso tudo”, disse.
O procurador informou ainda, que até o momento nenhum processo administrativo foi aberto contras esses servidores, mas garantiu que haverá procedimentos até o final deste mês.
“É essencial da administração o bom-censo, a cautela e o cuidado. Eu prefiro sofrer essa crítica que está sendo feita e ter a cautela de fazer um filtro adequado”, disse o procurado sobre a análise de cada caso de não vacinados.