A Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná S/A) terminou 2021 em alta. O balanço anual da empresa, divulgado nessa quinta-feira (10), aponta para a movimentação de 1.566.200 toneladas de produtos, um volume 13% maior do que no ano anterior (1.382.600 ton) e 33% maior do que 2019 (1.172.000 ton).
A maior parte desse saldo positivo se deve à circulação de grãos, basicamente soja. Passaram pela Ferroeste 920.339 toneladas dessa commodity, número 15% maior que em 2020. “Melhoramos os indicativos em todas as frentes, no volume de grãos e no número de contêineres, o que se traduziu num resultado financeiro cada vez mais positivo. A Ferroeste passou anos sendo deficitária e desde 2019 conseguimos fechar as operações no azul, honrando os compromissos e facilitando o transporte para os produtores rurais que estão mais distantes do Litoral”, afirma o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves.
Para o diretor de produção da Ferroeste, Gerson Almeida, o investimento de R$ 8,1 milhões em infraestrutura, com a troca de dormentes e a correção geométrica dos trilhos nos 248 quilômetros do trecho entre Cascavel e Guarapuava, ajudaram no crescimento gradual do transporte de grãos, granéis e contêineres observado.
“Ganhamos no deslocamento, o que possibilitou uma melhora no tempo de trânsito”, destacou. “Também houve uma reforma completa em seis locomotivas e 50 vagões. Estamos nos adaptando à realidade do mercado porque o volume de transporte de grãos cresceu 145% nos últimos cinco anos. Precisamos estar cada vez mais preparados”.
Futuro
Para aumentar a participação do modal ferroviário no Paraná, justamente nesse movimento ininterrupto de crescimento das empresas e cooperativas do agronegócio, o Governo do Estado trabalha na elaboração e aprovação do projeto da Nova Ferroeste. A Ferroeste funciona desde 1991 e administra 248 quilômetros de trilhos entre Guarapuava e Cascavel. Essa linha será ampliada nos dois sentidos, fazendo a ligação entre Maracaju, no Mato Grosso do Sul e o Porto de Paranaguá. Está previsto ainda um ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu para captar carga do Paraguai e da Argentina.
“É um sonho que estamos tirando do papel. É uma demanda histórica do setor produtivo, por conta da vocação do Paraná para a produção e a logística. Com a nova estrada de ferro, o objetivo é que o Paraná dê um salto produtivo para se tornar uma referência em comércio internacional”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
AEN