Na área rural de Foz do Iguaçu, um senhor de 54 anos, Roque, procurava sua cachorra, a Bisteca, que tinha escapado e se refugiado, grávida, na cavidade de uma valeta com mais de 3 metros de profundidade.
Há dois dias, a preocupação do Seu Roque era que a vala se desmoronasse, já que o terreno estava fragilizado devido a erosão causada pelas últimas chuvas. Sem medir consequências, ele decidiu que entraria no fosso para buscar a cachorra, sua companheira da vida solitária que leva na zona rural.
Mas o perigo de morte, às vezes, impõe limites ao amor e, neste caso, o desabamento poderia ser fatal para ele, a bisteca e a prole. Só havia uma saída: acionar o Corpo de Bombeiros!
Às 15:32, mandamos para o local, um caminhão com uma guarnição de três bombeiros e a Oficial de Área para coordenar a ocorrência que logo se transformou numa verdadeira operação de salvamento. A segurança era tão importante quanto o tempo.
Foi necessário organizar materiais, madeiras e ferramentas para estabilizar e escorar a valeta, quebrar e abrir espaço ao longo do trajeto que levava ao buraco onde estavam os cachorrinhos. Mas, chegando ao fundo, só havia silêncio.
Após algum tempo, finalmente, ouvimos o choro dos “doguinhos” numa cavidade lateral com cerca de 2 metros. Utilizamos um pegador de cobra para resgatar os bichanos, ainda frágeis e com poucos dias de vida. Eram 6 filhotes! Todos foram colocados em solo firme sãos e salvos.
Às 18:29 na superfície, começou uma nova vida ao Seu Roque e os, agora, 7 cachorros. Resgatamos mais que uma ninhada. “Impedimos o soterramento de uma família”.
Corpo de Bombeiros de Foz do Iguaçu