Turistas relataram neste domingo (30) uma espera de até duas horas para passar a aduana argentina da Ponte Internacional Tancredo Neves, vindos de Foz do Iguaçu. Desta vez, a maior movimentação é de veículos dos próprios argentinos que atravessam a fronteira para passear em Foz ou que estão de voltando das férias no Brasil.
O setor turístico de Puerto Iguazú mostra preocupação com as longas filas e demora do setor migratório do país, o que afeta negativamente o turismo local. Segundo eles, a demora se deve a falta de funcionários da Migração. Esse tipo de atraso ocorre em grande parte nas passagens de fronteira terrestre do país em meio a um “boom” de recuperação pós-pandemia na indústria do turismo.
O movimento nas principais cidades turísticas da Argentina ultrapassam os 90%, principalmente na região da Patagônia. Em Puerto Iguazú, o movimento também chega a esse número, puxado principalmente pelos visitantes nacionais. O governo argentino lançou no último ano o programa PreViaje, de incentivo ao turismo doméstico, onde o cidadão argentino recebe 50% do valor da viagem de volta em impostos após retornar.
“Com esses números animadores que nos chegam de destinos de todo o país, consolida-se uma temporada recorde de verão. Além disso, de acordo com as estatísticas que temos graças à PreViaje, as projeções para fevereiro e o feriado prolongado de Carnaval são muito boas. O turismo está em andamento em todo o país”, assegurou o ministro do Turismo e Esportes da Nação, Matías Lammens.
Por sua vez, o presidente da Câmara Argentina de Turismo (CAT), Gustavo Hani, afirmou: “A primeira parte desta temporada de pandemia foi marcada por três variáveis: o impulso Pré-Viagem; a resposta massiva dos argentinos e o forte contágio da terceira onda. Sabendo que o turismo em uma pandemia é altamente imprevisível, no CAT acreditamos que se os níveis de contágio baixarem, a temporada permanecerá em valores recordes nos principais destinos de verão da Argentina.”
Segundo informações oficiais, mais de 4,5 milhões de argentinos acessaram o PreViaje e obterão o reembolso de 50% das despesas em crédito para reaproveitamento no setor de turismo ao longo de 2022. Na segunda edição do programa, entraram com receitas de US$ 99 bilhões, que multiplicou por dez o total faturado em 2020.