A partir de fevereiro, o Ministério da Saúde muda a forma de repasse de verba para os hospitais com leitos exclusivos para atender pacientes com Covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desta maneira, as unidades passam a receber por ocupação de leitos e não por disponibilidade, como é feito atualmente.
Em Foz do Iguaçu, essa mudança deve representar uma diminuição do repasse do governo federal para o Hospital Municipal Padre Germano Lauck, que tem 70 leitos destinados a pacientes com a doença, podendo ser ampliado em mais 30, totalizando 100 leitos exclusivos para a Covid.
O diretor da Fundação Municipal de Saúde e administrador do Hospital Municipal, Dr. Amon Mendes Franco de Sousa, informou que cada paciente internado na unidade de terapia intensiva (UTI) chega a custar até R$ 4 mil por dia, enquanto o repasse por leito pelo governo federal é de R$ 1,5 mil.
Grande parte de custos do Hospital é com a UTI, insumos e profissionais. No pico de internamentos por Covid chegou a 70 pacientes internados, até o final de dezembro eram 10, resultando na diminuição de parte dos custos do hospital. “Obviamente os aparelhos que foram comprados, como computadores e respiradores, eles existem, estão no hospital e a partir do momento que a gente tem novas internações conseguimos habilitar da noite para o dia”, disse Dr. Sousa.
Para diminuir os custos nos último três meses, houve a redução de folha salarial e horas-extras de funcionários, o que representou R$ 1,5 milhão. Em 2021, o hospital chegou a gastar R$ 6 milhões em salários e agora são 4,5 milhões. Os números são referentes a salários de profissionais do hospital e das duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
“A disponibilidade gera custo, com equipamentos ligados, enfermeiros e médicos contratados. Deixar aquele leito disponível gera um custo fixo”, explicou o diretor.