Com a retomada do turismo durante a pandemia, o setor hoteleiro tem encontrado dificuldade em recontratar os profissionais que foram desligados durante o período mais restritivo das medidas de enfretamento à Covid-19, em Foz do Iguaçu.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade de Foz do Iguaçu (STTHFI), muitos desses profissionais encontraram salários menores do que os oferecidos antes da pandemia e preferiram mudar de ramo ou trabalhar por conta própria.
Luiz Carlos Queiroz, diretor do STTHFI, ressaltou que a Agência do Trabalhador tem ofertado entre 280 e 300 vagas em diferentes áreas do setor, mas não consegue preencher as vagas. “Ou porque o empresário da hotelaria e gastronomia está exigindo muita qualificação ou também pela remuneração que se oferece”, contou.
A hotelaria de Foz do Iguaçu chega a pagar um piso salarial maior que a média nacional. Na cidade o piso para as diferentes áreas do setor é de R$ 1.525, enquanto em outras cidades turísticas, como Salvador, por exemplo, o piso é de É de R$ 1.150. Mesmo assim, o salário é considerado baixo em relação a média salarial da cidade.
“Por exemplo, muitos trabalhadores que foram dispensados e hoje as empresas estão ofertando essa mesma vaga para esse mesmo profissional que trabalhava ,por exemplo em um hotel 5 estrelas de chefe de cozinha, oferecendo 2/3 da remuneração que ele ganhava. Se ele não der um “plus“, um incentivo a mais, ele perde esse profissional.”, contou o representante.
Queiroz acredita que a solução para essa falta de mão-de-obra é mais incentivo. “As vezes não é só a questão salarial, mas um plus a mais, um vale-supermercado, ou até um plano de saúde, para incentivar e até qualificar essa mão-de-obra”.