A Polícia Civil do Paraná (PCPR) ampliou o serviço de identificação de cadáveres no Estado. Desde setembro de 2021 mais policiais civis passaram a cumprir extrajornada em seis cidades para coletar impressões digitais de todas as vítimas de morte violenta. O confronto de digitais com o banco de registros gerais é o método científico mais rápido, seguro e barato para confirmar a identidade de falecidos.
No ano passado o serviço foi ampliado em Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu. Em janeiro deste ano o incremento no número de servidores também iniciou em Apucarana e Jacarezinho. Na prática, papiloscopistas interessados em estender a carga horária aderem à extrajornada e passam a prestar o serviço em dias em que não haveria cobertura imediata. Em Curitiba a coleta papiloscópica já é feita em todos os cadáveres com suspeita de morte violenta.
Com mais recursos humanos, A PCPR passa a coletar digitais de 100% das vítimas de morte violenta no Estado. Antes da ampliação do serviço no Interior do Estado, a prioridade era coletar informações de cadáveres sem identificação. A maioria dos corpos era identificada no Instituto Médico Legal (IML) visualmente por responsáveis ou familiares, ou através de documentos.
O delegado da PCPR, Marcus Michelotto, prevê que as outras 16 unidades do Instituto de Identificação no Interior do Paraná passem a ter o serviço ampliado através da extrajornada, gradativamente.
“Entendemos que o ideal é ter todas as vítimas de morte violenta identificadas a partir da coleta de digitais. Nosso objetivo é evitar erros de identificação”, diz. Após a confirmação de identidade, um laudo necropapiloscópico é emitido e anexo ao inquérito, caso a morte esteja em investigação.
DADOS – Entre janeiro e agosto de 2021 a PCPR identificou 32 cadáveres por mês, em média, no interior do Estado, enquanto entre setembro e dezembro a média mensal subiu para 194 – aumento de 506% em razão da extrajornada. No ano passado foram identificados 3.339 cadáveres no Estado, sendo 2.308 na Capital.
A PCPR atua em parceria com a Polícia Científica no trabalho de identificação de vítimas de morte violenta, já que os cadáveres são encaminhados às unidades do IML. Papiloscopistas em extrajornada permanecem nessas unidades para pronto atendimento.
PCPR