O novo presidente do Sindhotéis (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu), Marcelo Antônio Martini, falou durante o programa Contraponto, da Cultura, nesta terça-feira (11), sobre a falta de profissionais qualificados para trabalhar no setor. Segundo ele, os trabalhadores desligados durante a pandemia não retornaram.
Para preencher os postos de trabalho, o setor tem contrato trabalhadores menos qualificados, o que reflete na qualidade do atendimento. Segundo Martini, um dos motivos pelo não retorno dos profissionais é que durante o período que ficaram afastados descobriram que poderiam trabalhar na informalidade com um ganho parecido, ficando mais tempo em casa.
Para atenuar o problema, o Sindhoteis deverá trabalhar no treinamento e qualificação dos trabalhadores da hotelaria e gastronomia. “Estamos com um apagão de mão-de-obra na cidade. Aquele trabalhadores que foram desligados na pandemia não estão voltando e isso nos gera busca por novas pessoas que não tem a qualificação para poder dar sequência na atividade que eles irão desenvolver na empresa”, contou Martini.
O presidente ressalta que o piso salarial da categoria em Foz do Iguaçu é acima da média nacional. O valor inicial pago na cidade é de R$ 1,5 mil.
Pandemia
Marcelo Martini acredita que a pandemia ainda deve demorar a terminar e que o setor precisará se adaptar aos novos protocolos que deverão surgir.
O presidente do Sindhotéis contou ainda, que a maioria dos colaboradores estão vacinados e os que estão com a segunda dose atrasada devem terminar a imunização agora que não há mais a necessidade de fazer agendamento nas unidades básicas de saúde.
Sobre uma possível implantação de um “passaporte da vacina”, Martini não vê justificativa para que seja exigido, uma vez que vacinados também podem transmitir o vírus da Covid-19.
“A categoria foi muito atingida. Muitas vezes tivemos que tomar decisões e também dar alguns passos para trás em relação a atendimento ao nosso turistas dos bares, restaurantes e hotéis. O Neuso (Rafagin) é uma pessoa muito ativa e fez um trabalho fantástico e a gente tem um compromisso muito grande para levar a diante o trabalho que ele fez”, disse.
Martini contou ainda, que participou na segunda-feira (10) de uma reunião com representantes do município, que tranquilizaram o setor sobre um possível fechamento das atividades comerciais pelo avanço da nova variante da Covid-19, a Ômicron. Para ele, não há mais espaço para fechamento.