Protagonistas em 2020 na dura batalha contra o coronavírus, no enfrentamento direto à doença nos hospitais e unidades de pronto atendimento, os profissionais da saúde de Foz do Iguaçu brilharam, mais uma vez, em 2021: desta vez, trazendo a resposta mais efetiva contra o inimigo: a vacinação.
Foz do Iguaçu foi uma das cidades que mais rapidamente avançou na campanha de imunização. A enfermeira do Hospital Municipal Karin Zilli foi a primeira pessoa vacinada na cidade, no dia 20 de janeiro de 2021. De lá para cá, foram mais de 470 mil doses aplicadas, e o resultado não poderia ser melhor: o número de casos e de mortes pela doença reduziu expressivamente.
Atualmente, Foz tem mais de 100% da população acima de 18 anos vacinada com as duas doses e quase 90% dos adolescentes já tomaram a primeira dose. O número ultrapassa os 100% porque o Município segue a estimativa populacional do Ipardes – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, mais atualizados do que o último censo do IBGE, mas ainda assim defasada.
As primeiras e segundas doses, e também a dose de reforço para aqueles que tomaram a segunda há pelo menos quatromeses hoje estão à disposição dos moradores da cidade e também de estrangeiros – neste caso, na Unidade Básica de Saúde do Jardim Jupira. Mas, durante a campanha de imunização, foram muitos os percalços.
A Prefeitura de Foz do Iguaçu precisou reivindicar junto aos governos estadual e federal uma maior atenção e o envio de lotes extras de vacina, uma vez que Foz do Iguaçu, por fazer fronteira com dois países, tem uma maior circulação de pessoas, o que aumenta o risco de transmissão do vírus e de novas variantes. E deu certo: em julho, o Ministério da Saúde repassou o primeiro lote extra de imunizantes, com 37.885 doses e o segundo foi entregue no dia 10 de agosto, com apenas 20.532 doses.
“Foz do Iguaçu tem características diferenciadas devido à questão das fronteiras e, por isso, tivemos que lutar para que a atenção dada a nossa cidade também fosse diferenciada”, explica a secretária municipal de Saúde, Rosa Maria Jerônymo.
Estratégias
Além do pedido de mais vacinas, a administração municipal desenvolveu estratégias para que a campanha fosse ágil e que a população fosse bem atendida. Foz foi uma das primeiras cidades a implantar o sistema de agendamento, por meio do site vacinacao.pmfi.pr.gov.br, e também do aplicativo Saúde Cidadã. A marcação da data, hora e unidade de saúde onde a vacina seria aplicada garantiu menos transtornos e evitou a formação de filas e aglomerações.
As equipes da Secretaria Municipal de Saúde também trabalharam muito para que a vacinação avançasse com rapidez, e foram feitos mutirões de vacinação no sábado e também aos domingos. Somente em um dos sábados, mais de 10 mil pessoas receberam a vacina. As doses foram distribuídas nas 29 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município, para facilitar à população o acesso.
“Todas as estratégias foram pensadas e revistas de forma que o acesso às vacinas fosse facilitado e que não houvesse nenhum transtorno para a população. Foi um trabalho de muitas mãos e muito bem-sucedido. Graças à vacinação vemos hoje nossa cidade em plena retomada e temos motivos para comemorar”, afirma Rosa.
A Saúde investiu ainda na frequente orientação e divulgação da importância da vacinação, demonstrando, com números que, conforme a aplicação das doses crescia, o número de pessoas infectadas reduzia, mas, principalmente, a quantidade de casos graves e de óbitos.
Isso permitiu que, com responsabilidade e acompanhamento constante do Comitê de Enfrentamento à Covid, as restrições para evitar a contaminação, como limitação de público e de horário dos estabelecimentos, fosse aos poucos sendo “afrouxada” até chegar a quase nenhuma. Atualmente, como a pandemia ainda não acabou, devem ser mantidos os cuidados básicos, como o uso de máscaras e a higienização frequente das mãos.
Assessoria