Nos últimos dias longas filas de veículos estão sendo registradas nos postos de combustíveis de Puerto Iguazú, na Argentina. Brasileiros que atravessam a fronteira em busca de combustível mais barato chegaram a relatar um tempo de espera de até quatro horas.
A demora se deve a limitação de combustíveis por veículo estrangeiros, estipulada em 15 litros e a escassez do produto na cidade. O presidente da Confederação dos Postos de Combustíveis e Afins do Nordeste da Argentina (CESANE), Faruk Jalaf, afirma que a situação deve piorar.
Segundo Jalaf, as petroleiras não querem vender o produto ao preço atual, devia pouca margem de lucro. Em outubro, o governo argentino congelou por 90 dias o preço de 1.245 produtos, incluindo os combustíveis, para conter a inflação.
Outro problema é atual cota de combustíveis que chega a província de Misiones, que com a abertura da fronteira já não atende a demanda de veículos. A CESANE pediu para o governo que aumente a cota, mas ainda o pedido não foi atendido.
Em Puerto Iguazú existe ainda, outra preocupação que é o aumento de turistas durante o período das festas de fim de ano e férias de verão. Freddy Ríos, representante dos taxistas e remises, prevê que a falta de combustível pode afetar quem vem à cidade de carro e não conseguirá abastecer.
“Temos que ficar na fila por muitas horas; e às vezes não conseguimos abastecer. Ontem, só um posto tinha combustível, mas fechou às 22h. Portanto, muitos não conseguiram abastecer e eu fui um deles. Fiquei na fila das 18h às 22h30 , disse Ríos.
Alguns brasileiros e paraguaios que vivem na fronteira chegam a se deslocar para cidades próximas a Puerto Iguazú, como Wanda, à 30 quilômetros ou Puerto Libertad, à 50 quilômetros da fronteira.
Informações Rádio Iguazú.