Os desafios impostos pela pandemia nas áreas da educação, assistência social e saúde para a garantia dos direitos humanos foram assuntos debatidos na tarde de hoje (10), durante um encontro organizado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade.
O evento, realizado no Hotel Foz do Iguaçu, marcou os 73 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, formalizada em 10 de dezembro de 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“193 países assinaram a declaração e garantiram que os direitos humanos seriam respeitados. O Brasil é um desses países, mas sabemos o quanto sofremos violações de direitos, especialmente durante a pandemia”, afirmou a secretária da pasta, Kelyn Trento. O objetivo do encontro, segundo ela, é “conscientizar cada vez mais pessoas de que sem direitos humanos, não teremos uma sociedade justa”.
Afirmação dos Direitos
O encontro teve início com a palestra “Contra intolerância e afirmação dos Direitos Humanos”, com o professor e jornalista Ivan Seixas. Ele fez uma abordagem histórica, desde o regime nazista com a Segunda Guerra Mundial, até os dias de hoje. “Com base nos crimes cometidos contra judeus, ciganos, homossexuais, comunistas, evangélicos, e para combater a violação de direitos é que foi criada a Declaração Universal dos Direitos Humanos”, lembrou.
O compromisso da sociedade e do Estado hoje, segundo Seixas, é o de enfrentar a intolerância com o respeito. “O respeito à existência do outros é humano e não podemos permitir a discriminação. No momento atual, em que existe uma oposição entre a ciência e a ignorância, precisamos reafirmar os direitos à saúde, à educação, à assistência social”, afirmou.
A secretária da educação Maria Justina da Silva, o secretário de Assistência Social, Elias de Souza Oliveira e a secretária de Saúde, Rosa Maria Jerônymo, também participaram do encontro – que reuniu servidores e representantes de entidades. Eles relataram as dificuldades enfrentadas por cada setor durante a pandemia para garantir os direitos da população, especialmente a mais vulnerável.
Justina lembrou dos projetos implantados para auxiliar as famílias dos alunos, como a distribuição de cestas básicas, e dos desafios futuros no pós-pandemia. “A evasão escolar se agravou, muitas famílias perderam suas rendas, e nós só conseguimos voltar às salas de aula graças à vacina. A educação foi muito prejudicada, e por isso a nossa prioridade agora é dar acesso e condições para que esses alunos recuperem o tempo perdido”, disse.
AEN