O ex-governador Roberto Requião chegou a Foz do Iguaçu nesta quinta-feira (9), onde se encontra com lideranças de diferentes partidos em uma reunião na sede do Sindhoteis, nesta noite. Antes, Requião esteve na Rádio Cultura onde participou do programa Contraponto, falando sobre a expectativa para as próximas eleições e sobre os principais temas em debate no estado atualmente.
Roberto Requião, que está sem partido desde agosto deste ano, quando deixou o MDB após 40 anos, disse que conversa com vários partidos até tomar uma decisão no próximo ano.
Requião esteve acompanhado do filho, o deputado estadual Requião Filho (sem partido), que também analisa a filiação partidária e disse que não irá “necessariamente” para o mesmo partido do pai. “Mas existe uma tendência, que é ir contra o Ratinho, no partido que der mais espaço para isso. (…) As pessoas hoje não votam em partido, vamos ser sinceros. As pessoas irão votar no Requião, não no PT, não vão votar no PSB e não vão votar no PDT”, analisou.
Sobre o atual governo do estado, Roberto Requião criticou a forma com que as estatais Copel e Sanepar estão sendo administradas, onde a maior parte dos lucros são divididos entre os acionistas.
Empresa pública, diz a constituição brasileira, deve servir a população com bons produtos e com preços módicos, baixos. Empresa pública nem deveria ter acionista, mas eu reduzi para o mínimo legal, de 25%, que determina a lei das sociedades anônimas. Eles estão pagando 65% do lucro aos acionistas, na Copel e na Sanepar”, disse o ex-governador.
Requião defendeu ainda, que as empresas paranaenses e brasileiros não podem concorrer multinacionais, “que vem e faz um acerto e não paga imposto. São erros absurdos. (…) Essa indignação me faz percorrer o estado inteiro”, disse.