Os presidentes Mario Abdo Benítez, do Paraguai e Jair Bolsonaro, do Brasil, se reúnem nesta quarta-feira (24), em Brasília, para discutir a taxa de energia da usina de Itaipu. Por não haver um acordo técnico sobre o assunto, os chefes dos dois estados precisam definir periodicamente a manutenção da tarifa da energia produzida pelo lado paraguaio que é vendida ao Brasil.
Por enquanto, o Paraguai mantém a posição de manutenção da tarifa (definida em Itaipu como o custo unitário do serviço de energia elétrica), aplicada ao longo do exercício fiscal de 2020 e 2021, de US $ 22,60 por kW de potência mensal contratada, equivalente a US $ 43, 68 MW hora de energia.
No entanto, o Anexo C do Tratado de Itaipu, estabelece que a tarifa deve cair para US $ 18 kW por mês, já que a dívida para construção da hidrelétrica também será reduzida. A questão é que o Paraguai pretende manter o custo atual para gerar mais recursos para serem investidos no fortalecimento do sistema elétrico nacional.
“Eles vão falar sobre a taxa. É sempre bom conversar e compartilhar os motivos de cada um. Portanto, neste contexto, haverá um encontro para discutir temas importantes da agenda bilateral entre os nossos países”, disse o diretor paraguaio de Itaipu, Manuel María Cáceres, ao jornal Última Hora.
A intensão do governo paraguaio é que a atual taxa seja mantida em 2022. Após a negociação entre os presidentes, o assunto ainda precisa ser lavado para reunião do Conselho de Itaipu, marcado para o próximo dia 3 de dezembro.