Fórum sobre Violências discute soluções para realidades semelhantes nos países da fronteira

Evento on-line, nos dias 10 e 11 de novembro, foi organizado pelo Grupo de Trabalho Itaipu Saúde (GT Itaipu-Saúde) e parceiros

Foto: HMCC

Com uma edição completamente digital e participação expressiva de especialistas, o 2º Fórum sobre Violências, realizado nos dias 10 e 11 de novembro, expôs uma realidade similar entre Brasil, Paraguai e Argentina. Todos enfrentam diversos tipos de violência e buscam formas de atuar conjuntamente na prevenção e punição. O debate on-line soma mais de 1.200 visualizações nas transmissões.

O evento foi realizado pelo Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), em parceria com a Itaipu Binacional, por meio do Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde, e Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu. Os demais parceiros foram o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), Ministério da Saúde Pública de Misiones, na Argentina, e Ministério da Mulher, no Paraguai.

“Buscamos unir pontas, fazer com que pessoas e instituições se conectem em ações integradas. A violência é um problema mundial, mas, normalmente, em regiões de fronteira ele é ainda maior. Estamos empenhados em buscar soluções conjuntas”, analisou Marcio Bortolini, assistente do diretor de Coordenação da Itaipu Binacional, general Luiz Felipe Carbonell. O assessor especial do diretor-geral brasileiro de Itaipu, coronel Aloisio Lamim, também participou do fórum. Ao todo, foram 15 palestrantes e moderadores dos três países, com palestras e mesas redondas que abordaram a prevenção, acolhimento as vítimas e responsabilização dos autores de violência. Para o ano que vem, o formato deve ser reestruturado, com a abertura para a comunidade acadêmica, com exposição de trabalhos e projetos ligados ao tema.

A palestra magna foi ministrada pelo presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), Luciano Stremel Barros, com o tema “Paradigmas Culturais Influenciadores da Violência na Região Trinacional”.

“Temos que construir políticas públicas conjuntas, sob o mesmo olhar, adaptados às características culturais de cada país, mas avançar também nas ações de integração e cooperação e reforçar iniciativas que já deram certo, como o Comando Tripartite”, afirmou Barros. O palestrante frisou, ainda, a necessidade de investimento nas áreas de educação e saneamento básico, dentre outros, para construir realidades mais dignas à população.

Segundo a gerente do GT Itaipu-Saúde, Paula Rodrigues Zvir, o Fórum cumpriu com o objetivo esperado e trouxe debates importantes entre gestores e estudiosos da área. “É necessário construir políticas conjuntas de prevenção e enfrentamento à violência, de acordo com a particularidade de cada país”, explicou a gestora. “Violência e saúde caminham juntas. Quando uma pessoa se torna vítima, ela precisa de atendimento médico, apoio psicológico. E o agressor deve sofrer as devidas sanções.”

Itaipu Binacional

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