O Consórcio Sorriso informou nesta sexta-feira (12), que existe um desiquilíbrio contratual entre a empresa e o município de Foz do Iguaçu, de cerca R$ 125 milhões.
De acordo com Hélio Camilo Marra Júnior, representante do Consórcio Sorriso, esse valor vem sendo acumulado desde antes do início da pandemia.
O representante da empresa avalia ainda, que o não reajuste da tarifa do transporte no período determinado em contrato vai gerando um passivo para o município que será cobrado no final.
O Consórcio espera a prefeitura de Foz do Iguaçu autorizar o reajuste que deveria ter sido concedido no último mês de setembro. Sem acordo, o Consórcio deverá levar a demanda para a Justiça. “A gente protocolou a tarifa, tentamos a boa vontade do prefeito e os técnicos que possam dar a tarifa, esperamos isso. Mas, se não tem, temos a justiça. O sistema vem colapsando há algum tempo, não é de hoje”, disse.
Hélio Camilo rebateu a informação divulgada pela prefeitura na noite de quinta-feira (11), dizendo que o fim da greve dos motoristas se deve pelo Consórcio ter atendido a determinação do Instituto de Transporte e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans), para o problema ser resolvido em 48 horas. “Pagamos porque entrou receita e a receita que entrou nós priorizando o pagamento do salário, o que faltou do dinheiro nós pegamos do limite da conta e pagamos”, disse.
“O contrato até antes da pandemia foi prestado da melhor forma, poderia ter alguns problemas pontuais em questão de linha, algum horário, mas a pandemia veio para acabar com o resto. Assim como em outras cidades nós somos operadores, como em Cascavel que há uma parceria com o poder público para poder operar do melhor jeito”, concluiu.
O procurador-geral do Município foi questionado pela reportagem sobre o desiquilíbrio financeiro informado pelo Consórcio, mas ainda não recebemos uma resposta.