O deputado federal Ricardo Barros (PP), líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, acredita que o governo ainda não conseguiu implantar sua agenda liberal devido a pandemia e por isso deve ser reeleito. A declaração foi dada durante entrevista a Rádio Cultura, na último dia 1° de novembro.
Barros tem trabalhado na articulação do governo com os deputados e teve papel fundamental para a aprovação em 1º turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, na noite da última quarta-feira (4). O placar da votação foi de 312 a 144, com apenas quatro votos a mais que o necessário para aprovação.
Sobre a inflação, Barros argumenta que houve uma redução no produção e no consumo a nível mundial, fazendo com que o preços dos produtos aumentassem. Para ele, não haverá uma mudança neste cenário a curto prazo. “Não vejo uma perspectiva de solução, não tem uma saída para o problema, porque não é um problema do Brasil. (…) Então nós temos que ter um pouco de paciência. Pode ser que por outros fatores do mercado internacional, isso se resolva, haja uma redução nos preços das comanditeis, da comida e da energia, e aí as coisas se acomodem”, ressaltando, que o país pode ajudar estabilizando o dólar na casa dos R$ 5.
“A pandemia atrapalhou o processo de todos os países, não foi só no Brasil. Então aquele plano econômico do governo Bolsonaro ficou paralisado por esse período da pandemia (…). Então perdemos dois anos de um governo de quatro anos, é muita coisa. Então eu penso que se a gente reelege o Bolsonaro e a gente implanta seu plano liberal de um estado mais leve, máquina pública mais barata, o cidadão como prioridade, aí nós vamos ver o que a gente deveria estar vendo a essa altura no terceiro ano do Bolsonaro, mas que a pandemia prejudicou”, analisou.
Ricardo Barros defendeu ainda, a privatização de empresas para tornar o estado mais ‘leve’ e aplicar o dinheiro da venda em investimentos.
Assista a entrevista completa: