A Polícia Civil prendeu 19 estudantes de medicina, nesta quarta-feira (27), suspeitos de entrarem no curso com históricos escolares falsos. As falsificações eram usadas no processo de transferência externa, isto é, entre faculdades para a Universidade de Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Foram 17 presos em Goianésia, um em Formosa e um em Barreiras, na Bahia.
De acordo com as investigações, todos os suspeitos ingressaram em cursos superiores de medicina, através de transferência externa, mediante a apresentação de documentos falsos. As investigações apontaram ainda que foram falsificados documentos de 8 instituições de ensino superior de medicina no Brasil, as quais confirmaram as irregularidades.
Segundo a investigação, alguns deles nunca estudaram medicina e já entravam no quinto ou sexto-período do curso. Outros haviam estudado no Paraguai, mas normalmente as universidades brasileiras não aceitam esses estudantes. Alguns dos presos já estavam na fase de internato e atendendo à comunidade. A investigação levantou que quatro estudantes são da mesma família, sendo uma mulher, seus dois filhos e seu irmão. Outro caso que chamou a atenção da polícia foi de quatro são casais, sendo marido e mulher.
Todos os suspeitos conseguiram vagas em processos seletivos de transferência externa nos períodos finais do Curso de Medicina, restando que alguns deles, atualmente, já estavam na fase internato, ou seja, atendendo à comunidade na prestação pública de serviço médico emergências gerando, bem assim, risco à vida ou à saúde das pessoas atendidas.
A Universidade de Rio Verde (UniRV) disse em nota que identificou fortes evidências de fraude documental praticada por alguns dos candidatos no processo de transferência. A instituição explicou que as faculdades que seriam de origem dos alunos confirmaram as fraudes.
Confira a nota na íntegra:
Foram falsificados documentos de oito universidades de medicina no país, as quais confirmaram as irregularidades à polícia durante a investigação. A Polícia Civil informou que os estudantes podem responder por falsidade ideológica, uso de documento falso, associação criminosa e perigo à vida de outras pessoas. Os suspeitos que receberam a bolsa de estudo ainda podem devolver o valor pago pelo governo.
Com informações AgoraGO