Manifestação no Paraguai exige preço mais alto da energia de Itaipu vendida ao Brasil

Manifestantes protestaram em frente a ANDE, sede da Itaipu e Embaixada Brasileira. “O governo de Benítez está entregando a energia a um preço ridículo e quer seguir cobrando um preço mais ridículo” dizem manifestantes.

Foto: NPY

Um grupo de paraguaios realizou uma manifestação em frente a sede central da Itaipu, no Paraguai, exigindo que o presidente Mario Abdo Benítez aumente o preço cobrado pela energia excedente vendida ao Brasil. O grupo de manifestantes também protestou em frente a Administração Nacional de Eletricidade (ANDE). A manifestação deve encerrar em frente a embaixada brasileira. Todos os órgãos ficam na capital, em Assunção.

O grupo exige que o Paraguai “exerça a soberania energética e não entregue ao Brasil”. “O governo de Benítez está entregando a energia a um preço ridículo e quer seguir cobrando um preço mais ridículo” protestou Ricardo Canese, que estava junto aos manifestantes. “Viemos alertar que se eles seguirem com essa traição à pátria vão terminar mal” advertiu o manifestante.

Os manifestantes criticaram a relação entre Benítez e o presidente brasileiro. “Tem a mentalidade de que Jair Bolsonaro é seu patrão, que o Paraguai é uma colônia do Brasil. Se preocupa muito mais com Bolsonaro do que com o seu povo” pontuou Canese. “São centenas de milhões de dólares que o país está perdendo. O Paraguai é um país soberano e não podemos seguir entregando a soberania miseravelmente” concluiu.

As manifestações acontecem diante a renegociação do Tratado de Itaipu que vence em 2023. O acordo assinado pelo ditador paraguaio Alfredo Stroessner com o governo brasileiro, à época do início da construção da Itaipu, previa a obrigatoriedade de que o Paraguai vendesse ao Brasil a energia excedente a preço de custo até a quitação do financiamento para construção da hidrelétrica, que encerra em 2023.

Depois disso, um novo acordo deve ser assinado e pode ser permitido que o Paraguai venda energia para outros países além do Brasil. Com a renegociação, o Paraguai poderá dispor de 50% da energia produzida pela Itaipu e oferecer a preços mais altos para outros países.

Fonte: Última Hora

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