O quarto encontro da segunda edição do Orçamento Participativo, realizada ontem, 30, na região Nordeste, foi marcado mais uma vez pela participação democrática da população. Cerca de 600 pessoas participaram do evento no Centro de Convivência Leonel de Moura Brizola e organizaram comitivas, que vieram preparadas com cartazes e pedidos das obras mais necessárias para os bairros.
Conforme a escolha dos moradores, a maior parte do orçamento de R$ 10 milhões será utilizada para a educação, como a reforma e ampliação de unidades de ensino, entre escolas e CMEIs. Mas a saúde, o esporte e o lazer também estiveram entre as prioridades, em quadras de esporte e construção de Unidades Básicas de Saúde.
A força da participação popular na votação impressionou Evander Lopes, de 28 anos, que está finalizando a mudança para o Jardim Alvorada e veio até o OP para entender melhor todas as demandas do bairro. “Como morador novo, achei muito positiva essa união dos moradores para conseguir os objetivos. Assim compreendo como tudo funciona e posso me aliar no engajamento para as próximas reuniões. Temos que participar de todos esses processos, o que também faz parte dos nossos deveres como cidadãos”, contou.
Para o prefeito Chico Brasileiro, este participação é o que deve permear os encontros do Orçamento Participativo, que já estão na história de Foz do Iguaçu. “Aqui todos vêm para construir democracia. Não se trata de uma disputa, ninguém sai perdendo quando vemos a população de unir para melhorias em comum. Quem ganha é o bairro, os moradores e as futuras gerações, que irão conhecer cada vez mais o processo democrático”, celebrou o prefeito.
Impressões positivas
Morador do Jardim Nacional, Julian Moreira, está há cerca de três anos em Foz e gostou muito da ideia de poder contribuir com a decisão de onde aplicar as verbas. No evento, veio pedir mais vagas para o CMEI onde o filho estuda. “No outro município em que eu morava era feita uma audiência pública, mas só para apresentar o que já haviam decidido. Poder escolher é muito bom, pois somente quem mora sabe quais são as demandas urgentes. Parabenizo muito a todos que organizaram o evento”, elogiou.
A diretora da Escola Municipal Três Bandeiras, Ruti Nascimento, conta que mobilizou a população da região a participar. “Pedimos para os pais, moradores e colegas que viessem e contribuíssem. Somente com a união conseguimos conquistar objetivos em comum”, afirmou.
“O Orçamento Participativo veio para ficar. O trabalho começou em 2019, precisou ser interrompido em 2020, mas foi retomado com força e teremos todos os anos, pois sabemos dessa importância de ouvi-los”, ressaltou Kelyn Trento, secretária de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade.
PMFI