A Polícia Civil do Paraná (PCPR) publicou, nesta quinta-feira (23), as portarias do 1º Processo Interno de Remoção de Servidores de sua história. O trâmite foi criado a fim de possibilitar aos policiais civis serem removidos para trabalhar em outras cidades do Estado.
As inscrições aconteceram entre 1 e 30 de março de 2021, no site da PCPR. O processo permitiu que os servidores efetivos solicitassem a remoção de uma unidade para outra, ou de um município para outro, resultando na mudança de lotação.
O Delegado Geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach, conta que o processo de remoção interna foi implantado pela atual gestão com a intenção de valorizar os servidores.
“A medida abre oportunidade de policiais mais antigos serem removidos para outras unidades de sua preferência antes dos novos policiais que estão chegando, indo de encontro à valorização que o departamento da PCPR tem buscado e, principalmente, fazer com que as remoções sejam pautadas através de critérios exclusivamente objetivos”, pontua Rockembach.
O processo ainda possibilita que o policial civil trabalhe na unidade que deseja, seja para ficar mais perto da família ou para oferecer um atendimento especializado ao cidadão, partindo das especializações do policial.
RETORNO POSITIVO- A ação teve retorno positivo dos servidores. A escrivã Josiane Berbete está cursando psicologia e estava lotada na Delegacia da Mulher da PCPR, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
A servidora conta que tinha o sonho de atuar no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente, para poder trabalhar com menores vítimas de violência. Josiane conta que esse é um dos motivos de estar fazendo graduação em Psicologia, seu segundo curso superior. Para ela a oportunidade é mais que uma realização profissional, uma vocação.
“Vou completar nove anos de polícia e conforme fui me envolvendo com as demandas da PCPR, fui desenvolvendo ainda mais a vontade de atender a população. Agora posso cumprir minha vocação profissional dentro da instituição”, completa Berbete.
A escrivã Cleci da Rosa é uma das policiais contempladas no processo. A servidora trabalhava há mais de oito anos em Telêmaco Borba, região dos Campos Gerais, e agora foi designada para Antonina, no Litoral.
“Eu fiquei extremamente emocionada. A gente ama o que faz, mas não é fácil ficar longe de casa. Foram 8 anos esperando e agora saber que vou trabalhar perto da minha casa é bem emocionante para mim,” afirma a escrivã.
Quem também ficou feliz por conseguir a remoção foi a escrivã Cassia de Oliveira Queiroz, que trabalha há quase nove anos em Laranjeiras do Sul, região Central, e foi designada para sua cidade natal, Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado.
“O sentimento é de gratidão. Sempre foi uma vontade contribuir com meu trabalho à população da cidade onde cresci. Estou muito feliz por todo processo de mudança,” conta a servidora.
INSCRIÇÕES- A Delegada Daniele Serigheli, diretora do Grupo Auxiliar de Recursos Humanos da PCPR, conta que com o reforço de novos escrivães em várias unidades foi possível remover àqueles que desejavam trabalhar em outras localidades.
“A iniciativa procurou assim atender os pleitos e necessidades dos servidores. Com tal iniciativa, ao proporcionar ao policial a oportunidade de escolha do seu local de trabalho, a PCPR continua a cumprir uma de suas metas que é a valorização do servidor policial civil”, completa a delegada.
Ao fazer a inscrição, cada policial civil informou três unidades por ordem de preferência. Na sequência, foi realizada análise dos respectivos interesses, adequando-os às unidades identificadas como prioritárias na distribuição. Foram utilizados dois critérios base: maior tempo de exercício no cargo e a data de lotação na unidade atual.
PCPR