As obras complementares à Ponte Internacional da Integração, que ligará Foz do Iguaçu à Presidente Franco (PY), deverão ficar prontas com pelo menos seis meses de diferença da nova ligação. A nova aduana, por exemplo, só poderá ser iniciada após a conclusão da segunda ponte. Essa questão já era prevista.
O que não estava previsto, é o atraso na construção da perimetral leste, que servirá como desvio para o trânsito de veículos pesados. Devido a falta entendimento com os proprietários de áreas por onde a rodovia irá passar, a obra não tem data para entrega.
Enquanto a perimetral não estiver pronta os caminhões deverão continuar passando pela Ponte Internacional da Amizade, entre Foz e Cidade do Leste (PY), mesmo com a nova ponte concluída.
“Acredito que logisticamente os caminhões que vem da Argentina vão continuar vindo sem usar a perimetral, porque eles teriam que ir à perimetral e ir para o Porto Seco. Não sei se até lá o Porto Seco vai estar pronto, eu acredito que sim. Já os caminhões que vem do Paraguai devem continuar vindo pela Ponte da Amizade. Pelo menos é isso o que eu entendo, até que a perimetral esteja concluída. Se a perimetral não estiver concluída não existe outra alternativa”, disse Mário Camargo, diretor de Comércio Exterior da Acifi.
Em reunião entre representantes da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (Acifi), Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e Itaipu, foi explicado que já existia uma previsão de 6 meses de diferença entre o término da ponte e das obras complementares, como a aduana.
Com o atraso das indenizações das áreas ao longo da perimetral leste, o DER deverá fazer uma operação para adiantar essa obra para que “case” com a entrega da aduana e acessos.
A obra da perimetral leste está orçada em R$ 336 milhões, financiados pela Itaipu Binacional. Enquanto a obra da Ponte da Integração já está 70% concluída e deve ser entregue em meados de 2022, a perimetral só será terminada em 2023.