As fraudes do empréstimo consignado aumentaram este ano, principalmente entre a população idosa. Esses empréstimos não contratados acabam comprometendo a renda por meio de cobranças de parcelas que são descontadas automaticamente do salário ou benefício do INSS.
A chefe do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Foz do Iguaçu, Claudinéia Pliacekos, disse que atualmente são inúmeros os tipos de golpes aplicados. Segundo ela, o empréstimo consignado é lícito e está a disposição da população. Porém, o modo como está acontecendo é “ilegal, imoral e injusto com o consumidor”.
Claudinéia disse que os empréstimos não solicitados aumentaram durante a pandemia. “A maior parte são consumidores idosos e pobres. Ontem, por exemplo, chegou uma senhora desesperada porque entrou na conta dela e não tinha nem um centavo mais”, contou.
Quando o Procon não consegue resolver o problema do consignado ilegal, o processe passa a nível judicial. Mesmo assim, é importante que o cidadão procure o órgão para registrar a denúncia e juntar provas para chegar á Justiça com a documentação pronta. “Quanto mais consumidores apresentarem essa reclamação no Procon, maior será a informação que nós vamos levar a esse fornecedor”, disse.
De acordo com o Artigo 39, inciso III, do Código de Defesa do Consumidor, “É vedado enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço”.
Assista a entrevista: