O presidente do Sindicato dos Proprietários de Postos de Combustível do Paraná, em Foz do Iguaçu (Sindicombustíveis-PR), Walter Venson, explicou a composição do preço do produto e o porque o combustível no Brasil subiu tanto nos últimos meses. Em Foz do Iguaçu, a gasolina é encontrada hoje a R$ 5,80.
A gasolina sai da refinaria custando R$ 2,037 o litro. Após, são adicionadas as cargas tributárias. Do governo federal sã três impostos, o Pis, Cofins e Cide, que juntos representam 23%. Quando chega aos estados incluído no preço final o ICMS, que varia de 28% e 34%. No Paraná esse imposto é de 29%.
Venson disse que o menor lucro fica entre o transporte e o revendedor, que é o posto de combustível, onde a margem de lucro não passa de R$ 0,42 por litro de gasolina.
“A margem é pequena do posto de gasolina. A margem grande, absolutamente grande, é a partir dos governos estaduais e governo federal. Além do que tem uma situação que ninguém entende, o preço está vinculado ao dólar, ao preço internacional do barril de petróleo. Quando o dólar sobe, o combustível sobe”, disse o empresário.
Além desses impostos, o posto de combustível ainda tem os gastos de manutenção, como aluguel, funcionários que recebem auxílio periculosidade e fiscalização. “Criou-se uma imagem de que um posto de combustível é um negócio rentável. Através dos tempos os proprietários desses imóveis onde localizam-se esses pontos, que normalmente são terrenos no centro da cidade, de esquina e bem localizados, os alugueis são altíssimos. Pra se ter uma ideia, qualquer posto de gasolina no centro da cidade (Foz do Iguaçu) o aluguel custa de R$ 25 mil a R$ 30 mil”, contou.
Venson acredita que enquanto não houver um entendimentos entre os governos e uma nova política de preços da petrolíferas, o preço do combustível no Brasil continuará alto. “Enquanto não houver um acordo entre governo federal, governos estaduais e acima de tudo, a desvinculação do preço do dólar, nós vamos pagar caro no combustível e o Brasil não vai pra frente, não anda e se anda fica caro. E o pior, tudo se transfere para a inflação nacional. Assista: