A Polícia Civil do Paraná (PCPR) forma nesta quinta-feira (19) 186 novos policiais civis que vão passar a atuar nas delegacias de todo o Estado ainda este mês. Eles foram aprovados nos últimos concursos públicos da instituição, os quais exigem graduação de nível superior. O curso de formação se trata de uma pós-graduação em Ciências Criminais de Polícia Judiciária, com mais de 900 horas/aula, entre teóricas e práticas.
As diversas formações dos novos policiais contribuem para o enriquecimento do trabalho da PCPR. Há alunos formados nas mais variadas engenharias, como civil, ambiental, mecânica e da computação, além de médicos veterinários, dentistas, administradores, bacharéis em direito e jornalistas, entre outros.
O sonho de ser policial civil é o que atrai profissionais das mais variadas áreas. O engenheiro mecânico Leonardo Ramon diz que sentiu que era hora de trocar de profissão e a carreira policial civil é uma vocação. “Não escolhi ser policial, a polícia me escolheu. Senti que era o que deveria fazer”, diz.
Ele conta que no começo alguns o apoiaram e outros não por conta do risco que envolve a profissão. “Ao verem minha mudança, minha formação, minha alegria em adentrar aos quadros da PCPR, e ao conhecerem também a evolução pela qual a instituição está passando, compreenderam o meu sentimento e ficaram felizes por mim”.
Para o publicitário e hoje policial civil formando, Vitor Alencar Peluchno, o sonho de ser policial civil do Paraná é algo que o acompanha desde a infância. “Desde criança, quando passava em frente à Escola Superior da PCPR, sonhava em ser policial. Chegava a virar o pescoço para ficar olhando para a escola toda vez que passava por ela”, diz.
Como seus pais achavam uma profissão perigosa, Peluchno seguiu carreira na publicidade. “Sempre soube que não era o que eu queria e, por mais que estivesse financeiramente bem e com uma carreira sólida na publicidade, eu ainda tinha o sonho de ser policial civil. Foi quando decidi voltar a estudar, fiz o concurso da PCPR e passei”.
A trajetória até chegar à aprovação é árdua, com horas de dedicação ao estudo, treinamento físico e renúncias em diversos aspectos. Peluchno lembra que foram várias as vezes em que ele deixou de ter momentos de lazer com a família para se preparar para as etapas do concurso. “Era difícil não poder sair com meus filhos para um lanche, ou sair com a minha esposa, pois estava me dedicando para as etapas do concurso, mas hoje tudo valeu a pena e todos vibram com a minha conquista”, disse.
O administrador e agora policial civil formando, Bruno Coelho de Azevedo, ressalta que há diversas formas de ajudar o próximo em momentos difíceis e afirma que ser policial civil é uma vocação. “O simples fato de ouvir o agradecimento de ter desvendado um crime ou de devolver ao dono um objeto importante são algumas das pequenas recompensas que a profissão vai me oferecer”, diz.
Ser policial civil é a realização de um sonho para os alunos da PCPR. “Não tenho a intenção de sair do Paraná e agora que consegui entrar pretendo me aposentar na PCPR”, afirma Peluchno.
“Fazer o que se ama não é trabalho, é atuar com o que tenho vocação e para o que estou sendo treinado”, acrescenta Azevedo. “Quando decidi trocar de profissão não tive dúvida que seria policial. Sonho realizado”, afirma Ramon.
AEN