Duas câmeras instaladas no interior do veículo blindado envolvido em uma perseguição, desencadeada pela Polícia Militar na última sexta-feira, 13, em Foz, foram furtadas. A afirmação é do advogado que representa o motorista do carro, Dr. Maurício Defassi. A Polícia Militar disse à Rádio Cultura que abriu investigação e que não irá se pronunciar sobre o caso. A perseguição ocorreu após uma abordagem no Parque Presidente I, que, de acordo com a PM, ocorreu por meio de um procedimento padrão, após um policial à paisana desconfiar do veículo.
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No entanto, o advogado contesta a versão da polícia. De acordo com o seu cliente, a primeira abordagem teria sido efetuada pelo policial à paisana, que também teria sido o autor dos disparos que atingiram a janela do carro. Segundo Defassi, os equipamentos de filmagem instalados no carro, que poderiam comprovar esta versão, haviam sido checados na Delegacia da Polícia Federal, onde o motorista se abrigou após fugir da abordagem. Porém, durante a remoção do carro até a Delegacia da Polícia Civil, as câmeras foram retiradas e desapareceram.
“O veículo do meu cliente, além de ser blindado, tinha duas câmeras que ficavam posicionadas no painel frontal, no para-brisa, uma filmava pra frente e outra pra trás. Além de filmar, elas captavam todo o áudio e gravava. Não sabemos como, mas essas câmeras foram furtadas. E nós provamos por meio de imagens, que quando o carro chegou na Polícia Federal, as câmeras estavam no para-brisa do veículo” afirmou.
O advogado disse que as imagens comprovando que as câmeras estavam no carro foram registradas por uma equipe de TV presente na Delegacia da Polícia Federal quando tudo aconteceu. Essas imagens foram checadas pela Polícia Federal, que comprovaram o fato. O desaparecimento dos equipamentos foi registrado no Boletim de Ocorrência e as imagens mostrando as câmeras no para-brisa foram fornecidas à Polícia Civil. “O veículo foi isolado, foi feito a perícia e quando entrou na Delegacia da Polícia Civil, as câmeras tinham sumido” denunciou.
Versão do motorista
De acordo com o advogado, o motorista deu uma versão diferente da que foi dada pela Polícia Militar para abordagem. Segundo o homem, ele estava saindo de uma auto escola, na região do Parque Presidente, quando visualizou um veículo descaracterizado vindo em sua direção.
Logo em seguida, um homem, sem identificação que indicasse que fosse da Polícia Militar, saiu do carro com uma arma em punho. Ele conseguiu correr e entrar no carro. A primeira opção foi ligar para a esposa. Como não conseguiu, ele decidiu fugir até a Delegacia da Polícia Federal.
O advogado afirma que o cliente disse não ter visto a viatura caracterizada da Polícia Militar que estaria atrás. De acordo com Defassi, o cliente também afirma que os tiros que atingiram a janela do carro, foram disparados pelo homem à paisana, que mais tarde foi identificado como um policial que estava de folga.
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