A greve dos caminhoneiros paraguaios segue nesta segunda-feira, reivindicando a aprovação de uma lei que garanta 25% de lucro fixo sobre o frente.
Após transportadoras brasileiras informarem na semana passada que o prejuízo diário chega a R$ 1,7 milhão, desta vez foi a vez do setor de laticínios do Paraguai divulgar as perdas com a paralisação que já dura 10 dias.
A Associação Paraguaia da Indústria Láctea (Capainlac) informou que as vendas diminuíram entre 20 e 30%. Segundo Erno Becker, presidente da Capainlac, o prejuízo se deve ao atraso na entrega dos produtos, causado pelo fechamento de rodovias pelos caminhoneiros.
“Sofremos perdas nas duas pontas, de um lado no campo, como não conseguimos coletar o leite cru, uma parte teve que ser jogada fora pelas indústrias por não poder transportar, o que tem causado desânimo no setor”, disse Becker.
O ministro do Interior do Paraguai, Arnaldo Giuzzio, disse nesta segunda-feira (16) que os caminhoneiros não podem fechar as estradas e a Polícia Nacional deverá ser acionado contra os que não respeitam a lei, além dos responsáveis serem punidos.
“Existe uma disposição de não poder fechar rodovias. A Polícia Nacional deve atuar imediatamente e proteger e deter quem fechar as estradas”, disse Giuzzio, informando ainda, que não há registro de fechamento de rodovias até o momento.