Nesta semana a volta à ativa de um grupo de extermínio começou a preocupar autoridades policiais do Brasil e também do Paraguai. Desde segunda-feira, o grupo que se intitula como “Justiceiros da Fronteira” cometeu dois atos bárbaros na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
O grupo é conhecido por tentar “trazer justiça” a região de fronteira que é alvo de muitos crimes. Conforme ações antigas do grupo, os Justiceiros da Fronteira vão atrás de responsáveis por roubos e assaltos na fronteira.
Crimes que ocorreram nos últimos três anos são de autoria do grupo, que estava um pouco inativo nos últimos meses.
Na segunda-feira, duas pessoas foram assassinadas pelo grupo em Pedro Juan Caballero, cidade que fica no Paraguai e faz fronteira com Ponta Porã no Mato Grosso do Sul. Segundo as informações, um jovem de 22 anos e uma mulher de 21 estavam em uma choperia quando um grupo de pistoleiros entrou no local e realizou disparos contra os dois. A mulher até foi socorrida mas acabou falecendo no hospital. No local da execução, os pistoleiros deixaram um recado que dizia, em espanhol, “favor não roubar”.
Nesta quarta-feira, o corpo de um jovem de 17 anos foi encontrado em um terreno baldio na cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. No entanto, a cena no local era macabra. Parte da pele do peito e do rosto do jovem foi arrancada e uma das mãos do garoto foi decepada. No local, outro bilhete foi deixado pelos membros do grupo. Desta vez, eles dizem que “estão de volta” e que terminando dizendo “Morte aos ladrões”.
Segundo algumas informações, o grupo possui o respaldo de uma parte da população local, que entende que o trabalho de executar ladrões é algo que se justifique.
O último ataque em que a autoria foi dada aos justiceiros havia acontecido em maio, quando três homens foram executados. Crimes semelhantes já foram registrados em março, por exemplo, quando um homem foi sequestrado por quatro membros armados do grupo e acabou morto com muitos tiros e também com uma das mãos decepadas.
As policiais do Paraguai e do Brasil trabalham para tentar identificar os membros do grupo e também para tentar evitar que novos assassinatos aconteçam.
CGN