Os macacos que vivem no bosque do Jardim Ipê voltaram a invadir as casas vizinhas em busca de comida. Os moradores contam que os animais sobem no telhado e retiram as telhas.
Compadecido com a situação dos macacos, Luciano Gonçalves, que trabalha no Ceasa e realiza entregas nos mercados próximos ao bosque, passou alimentar os animais com frutas que seriam dispensadas.
“Como a gente trabalha com entrega de bananas, sempre sobra pra dar para eles. Inclusive já conhecem o caminhão. Há dois anos eu faço entrega para eles e nunca vi nenhum órgão público ali, a não ser o Centro de Controle de Zoonoses”, disse o entregador.
No último estudo realizado foram contatos 24 macacos-prego que vivem no bosque, em meio ao bairro.
Até 2016, a alimentação dos animais era feita pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, através de uma parceria com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Esse trabalho foi interrompido após uma análise técnica entendo que os animais silvestres ao serem alimentados podem causar problemas maiores à população.
Nesta quarta-feira (28), o biólogo André Xavier, chefe da divisão de Planejamento Ambiental do Município, confirmou que a secretaria não atende mais os animais do Bosque dos Macacos.
“Essa prática de alimentação, a prefeitura até um tempo atrás começou a levar alimentação aos animais, mas isso foi numa gestão antiga e com a mudança de gestão essa prática deixou de ser realizada. O que na verdade foi um ato correto porque a alimentação dos animais, principalmente nesse caso que interage com o ser humano, altera o comportamento desses animais e eles acabam colocando como prioridade ir buscar o alimento mais fácil que o ser humano está entregando”, explicou o biólogo.
Em 2018 a Secretaria de Meio Ambiente comunicou o Instituto Terra e Água (IAT) do Paraná que não teria mais responsabilidade sobre a área e realizou um trabalho de orientação aos moradores do Jardim Ipê, através das equipes de Educação Ambiental para que não alimentassem mais os macacos.