O diretor da Vigilância Sanitária do Paraguai, Guillermo Sequera, destacou que os últimos dados sobre infecções e mortes por coronavírus no país mostram “bons sinais de queda”, embora tenha alertado que “ainda não se pode cantar vitória”.
“Estamos no equivalente a abril em termos de número de casos. Vamos relembrar como éramos, a percepção que tínhamos. Quero que continuemos nos cuidando”, declarou Sequera em uma coletiva de imprensa.
Apesar dessas semanas de queda, a maior parte do país está no nível de alerta epidemiológico 4, equivalente à transmissão comunitária do vírus, que já causou pouco mais de 12.000 mortes no país.
A esse cenário deve ser somada a chegada do inverno, com maior propensão para a propagação de outros vírus e para a aglomeração em espaços fechados sem ventilação.
“Em qualquer reunião, uma pessoa tem covid e não sabe. Se não estivermos cuidando de nós mesmos, vamos contagiar a todos”, alertou o diretor da Vigilância Sanitária paraguaia.
Sequera também ressaltou a importância de aumentar a ventilação dos espaços aos cuidados já habituais para evitar a propagação do coronavírus, como a lavagem das mãos, o uso de máscaras e o distanciamento físico.
No entanto, o Paraguai permanece mais uma semana “na dianteira” da região em termos de mortalidade por casos de coronavírus, segundo Sequera.
Nesse sentido, o especialista comentou que 176 profissionais de saúde morreram durante a pandemia, com as equipes de enfermagem entre as mais afetadas.
“Ao contrário da população em geral, 57% dos falecidos (entre os trabalhadores de saúde) são mulheres, porque grande parte do pessoal de branco é mulher, porque o papel de cuidado do sistema de saúde está no papel de cuidado que tem a mulher”, lamentou.
Por essa razão, Sequera expressou seu desejo de que, uma vez superada a pandemia, seja prestada uma homenagem às enfermeiras que morreram por coronavírus no Panteão dos Heróis, onde repousam os heróis paraguaios.
O Paraguai registrou desde o início da pandemia 418.330 casos confirmados de Covid-19, com 12.517 mortes em decorrência da doença, segundo o último boletim do Ministério da Saúde.
EFE