Referência em ações de conservação da fauna e da flora na região Oeste do Paraná, o Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), mantido pela Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR), completa 37 anos neste domingo (27).
Para marcar a data, o RBV programou uma série de atividades de enriquecimento ambiental, da fauna e da flora. Para os animais criados em cativeiro, serão propostos desafios e práticas que simulam situações da natureza. A ação é considerada essencial para o desenvolvimento físico e cognitivo e o bem-estar dos animais. Para a flora, a ideia é enriquecer o ambiente reflorestado com espécies como o palmito.
As atividades serão coordenadas pela Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu e começam já no domingo, às 16h, no recinto das lontras. Os animais vão receber melancias recheadas de lambaris, peixe que faz parte de sua dieta diária. Para chegar à refeição, eles terão de encontrar maneiras para abrir a fruta, sem a ajuda dos tratadores.
A programação segue durante a semana com outros animais do plantel, cada dia com um cardápio especial: veado-bororó (na segunda-feira, 28, às 9h); anta (terça, 29, às 14h); jacutinga (quarta, 30, às 9h); onça-pintada (quinta, 1º de julho, às 14h30); cervo-do-pantanal (sexta, 2, às 14h); e macaco-prego (sábado, 3, às 14h). Todo o trabalho será registrado e divulgado nas páginas das redes sociais de Itaipu e do Turismo Itaipu.
Também na quarta-feira (30), a partir das 9h, dentro das comemorações de aniversário, haverá plantio de palmito e outras espécies nas trilhas ecológicas do refúgio, pelas equipes do Viveiro Florestal e paisagismo. Os turistas que visitarem o espaço nesses dias, nos mesmos horários, poderão acompanhar parte das atividades de plantio e enriquecimento ambiental dos animais.
Centro de pesquisa
O Refúgio Biológico Bela Vista está inserido em uma área de 1.780,9 hectares, na margem brasileira da usina. O espaço reúne hoje uma grande diversidade de espécies da flora e da fauna regional, muitas delas ameaçadas de extinção, e tornou-se um posto avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (programa MaB – Man and Biosphere, da Unesco) por reunir pesquisa, conservação e educação.
O Criadouro de Animais Silvestres (Casib) e o Zoológico Roberto Ribas Lange, por exemplo, mantêm e estudam centenas de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Muitas delas, como a harpia e a onça-pintada, estão integradas a programas de reprodução em cativeiro, para proteção e reprodução das espécies. Um dos últimos animais a nascer no local foi um filhote de cervo-do-pantanal.
A unidade conta ainda com um dos melhores hospitais veterinários de animais silvestres do País, que atende animais de outros zoológicos ou vítimas de tráfico, maus-tratos e atropelamentos.
No viveiro florestal do RBV também são produzidas mudas florestais de mais de cem espécies nativas do bioma Mata Atlântica, que depois são utilizadas para recuperação de matas ciliares e áreas degradadas na região, visando à segurança hídrica do reservatório para a geração de energia e seus múltiplos usos.
O Refúgio Bela Vista é aberto à visitação. Moradores de Foz do Iguaçu, dos municípios lindeiros ao Lago de Itaipu e da região das três fronteiras não pagam para conhecer o atrativo. Para saber mais como visitar a reserva, acesse o site.
Fonte: Assessoria Itaipu Binacional