Empresários de lounges acabam de criar um núcleo setorial na ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu). O objetivo é fortalecer o segmento e fomentar o turismo na cidade, por meio de ações, capacitações e parcerias, buscando a regulamentação da categoria e da legislação vigente, visando à geração de empregos e renda.
O Núcleo de Lounges integra o Programa Empreender da ACIFI, que conta com consultoria do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). O projeto une empresas do mesmo território (bairro), setor ou diferentes setores, como é o caso do Conselho da Mulher Empresária e Executiva e do Conselho do Jovem Empreendedor.
Após vários encontros, os empresários concluíram o planejamento de curto, médio e longo prazo, e planejaram ações com foco em representatividade; associativismo e cooperativismo; regulamentação e geração de negócios. Cada eixo tem o seu cronograma de atividades em busca de qualidade, sustentabilidade e desenvolvimento das empresas.
Funcionamento
Com o objetivo de garantir o funcionamento do setor, a ACIFI solicitou ao prefeito Chico Brasileiro flexibilização das restrições ao funcionamento de lounges em Foz do Iguaçu. A atividade está certamente entre as mais impactadas pelos decretos municipais e precisa reabrir ao público, defende a entidade.
Em ofício encaminhado ao chefe do Executivo, a ACIFI pede a reanálise do artigo 8º, inciso VI, do Decreto Municipal nº 29.078, de 29 de março de 2021, prorrogado pelos decretos subsequentes. Em resumo, a medida proíbe atividades de tabacaria com consumo no local.
A associação argumenta que as restrições não possuem como base estudo comprovado de que efetivamente diminuem os casos – havendo até mesmo uma crescente de contágio nos períodos de lockdown. Defende ainda que o segmento funcione respeitando as medidas sanitárias e a limitação de horário, assim como ocorre com outras empresas.
Para o presidente da ACIFI, Faisal Ismail, o fato é que o setor será extinto nos próximos dias se continuar impedido de funcionar. Segundo ele, é preciso dar tratamento isonômico para as empresas. A prefeitura deve promover a devida regulação econômica e sanitária que garanta a atividade do segmento.
“Com todas as incertezas da pandemia, certamente neste momento não há como vedar totalmente o funcionamento de um segmento comercial que tem o direito de funcionar para sobreviver. Soma-se ao fato de que o município, o estado e o país estão avançando na vacinação da população”, frisa Faisal Ismail.
Outro motivo para a reabertura é o próprio exemplo dado pelo setor. No período em que houve concessão para funcionamento das tabacarias e lounges, esses cumpriram as regras impostas. “A situação está insustentável para os empresários, que têm o direito de trabalhar, observando as regras sanitárias”, conclui o presidente da ACIFI.
Fonte: Assessoria ACIFI