O governador Carlos Massa Ratinho Junior oficializou na manhã desta quinta-feira (17), em reunião com o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, no Palácio Iguaçu, o pedido para que o Paraná passe a ser um centro de emissão de vistos para entrada no país norte-americano. No encontro, foi formalizado, também, um acordo de cooperação mútua com os Estados Unidos.
A intenção, explicou Ratinho Junior, é facilitar a vida dos paranaenses, que não precisariam mais viajar para outros estados para obter o documento, e também aproveitar o crescimento do turismo no Paraná. Atualmente, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre contam com Centros de Atendimento ao Solicitante de Visto (CASVs) ou com Centros de Entrega de Documentos (CEDs).
“Temos interesse em também conceder essa permissão, melhorando as condições para o cidadão que mora no Paraná. Tanto aqueles que querem ou precisam viajar para os Estados Unidos quanto aqueles que precisam vir para cá”, afirmou o governador.
O embaixador dos Estados Unidos se mostrou solícito ao pleito paranaense e prometeu encaminhá-lo para as autoridades do setor. “Peço que se planejem em pensem na possibilidade de uma parceria para a diminuição de custos, com um ambiente compartilhado por exemplo ou a disponibilidade do serviço em alguns dias da semana. Façam a proposta que me comprometo a encaminhar”, disse Chapman.
ATRATIVOS
Ratinho Junior ressaltou que o Governo do Estado está investindo fortemente em infraestrutura para atender melhor os visitantes. Citou que quatro aeroportos, recentemente privatizados pelo governo federal, serão ampliados e remodelados.
O maior deles, o Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, tem previsão de investimentos de, pelo menos, R$ 566,2 milhões. A primeira fase prevê o aporte de R$ 431,3 milhões, entregando um bloco de obras entre 2023 e 2024. Na segunda fase, serão R$ 67,6 milhões, com obras para 2028 a 2030. Por fim, a terceira fase prevê R$ 53,7 milhões em investimentos, entregando entre 2038 e 2040.
Dentre as obras programadas para o local ainda na primeira fase, está a construção de uma terceira pista. Com 3 mil metros de comprimento, a pista será a maior do aeroporto e vai aumentar sua capacidade diária de operação, melhorando a agilidade das companhias aéreas e permitindo mais viagens internacionais. A construção foi incluída no edital após audiências públicas realizadas em 2020, como uma demanda do Governo do Estado e da sociedade civil.
Haverá também obras como a ampliação da área de embarque de passageiros, ampliação do pátio principal e construção de um novo pátio, criação de uma ponte de embarque, entre outros. A expectativa é que ele seja um dos mais modernos do País.
O foco é transformar o terminal internacional em um dos principais hubs logísticos aéreos do Brasil. O Governo do Estado mantém conversas adiantadas com a Azul Linhas Aéreas para que a operação da companhia seja centralizada no Afonso Pena. Ou seja, cerca de 100 voos diários ofertados pela Azul nacionalmente partiriam ou fariam escala no terminal que atende a Grande Curitiba.
Mais opções de deslocamento e mais gente circulando pela capital paranaense, proporcionando ainda mais facilidade para quem precisar tirar o visto norte-americano.
Outro ponto é que o aeroporto de São José dos Pinhais alcança um público potencial do estado vizinho, Santa Catarina. De acordo com estudos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Curitiba influencia diretamente mais de 650 municípios, com impacto direto em polos importantes de Paraná e Santa Catarina.
Fechou 2019, o último ano antes da pandemia da Covid-19, como 12º aeroporto mais movimentado do País com 6,3 milhões de passageiros em 64 mil operações. Além disso, foram outras 29 mil toneladas de cargas transportadas. Atualmente, de acordo com a Secretária de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, o Estado conta com 98 voos, partindo de seis cidades diferentes e interligando 15 destinos.
“Além disso estamos facilitando o acesso de quem precisa chegar e sair dos aeroportos com o planejamento de duplicar mais de 1.800 quilômetros de rodovias nos próximos anos”, destacou Ratinho Junior.
AEN