O ex-vereador Paulo Rocha deixou a prisão nesta terça-feira, 15, após passar 15 dias encarcerado na Cadeia Pública Laudemir Neves. Rocha foi condenado por peculato e preso no dia 1 de junho pela Polícia Civil. Ele passa a cumprir a pena em regime aberto, utilizando tornozeleira eletrônica. Na sua saída, o ex-vereador criticou as condições, que classificou de sub-humanas, nas quais vivem os presos na Cadeia Pública.
“Eu não conseguia comer aquela comida, comia duas três colheradas por dia, só conseguia comer o pão e o café da manhã” reclamou. “Eu acho assim, esse alimento é pago, e se é pago, precisa ser um pouco mais consistente” ponderou. “Também tem reclamação dos presos que não chega doce, e fruta é uma banana uma vez por semana. Percebi na marmita muito arroz, por que não deixar meio a meio com feijão?” questionou.
Além disso, Rocha contou que não tinha chinelos e teve que ficar descalço, além de não ter toalha para tomar banho. “Isso vem do tempo do Império Romano, naquele tempo já havia injustiça, passou-se 2 mil anos e a injustiças continuam acontecendo. Mas pergunto: que aconteceu com o Império Romano, que fazia e acontecia? Acabou” disse. “Eu me espelho muito em Nelson Mandela, passou quase 30 anos na prisão e saiu para ser presidente” lembrou.
Paulo Rocha disse que a acusação que o levou a condenação foi falsa. Ele foi acusado de pegar parte de salários de um assessor. “Isso fez parte de um processo pela acusação de uma pessoa que não era assessor meu, ficou provado em audiência, a Câmara mandou documento comprovando. Tivemos uma audiência e a própria pessoa que me acusou negou. E eu fui absolvido na Vara Cível. No entanto, eu não sabia que tinha um processo com a mesma acusação na Vara Cível e foi julgado a revelia e eu perdi” disse Rocha.