O prefeito Chico Brasileiro terá nesta segunda-feira (14) uma reunião virtual com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar da instalação de barreiras sanitárias na Ponte da Amizade, principal fronteira entre o Brasil e o Paraguai. “Vamos apresentar para o ministro a questão das barreiras, porque as fronteiras são portas de entrada de pessoas e, é claro, de doenças como a covid”, disse Chico Brasileiro durante o programa Foz em Ação na Rádio Cultura.
O pleito pelas barreiras não é só de Foz do Iguaçu – é das cidades brasileiras fronteiriças, especialmente as das regiões sul e centro-oeste. “Essa é uma decisão de Brasília e esperamos que seja positiva, porque a questão tem que ser observada de forma especial. Estamos batendo muito nessa tecla, não adianta fechar aeroportos, e as fronteiras não tiverem qualquer tipo de monitoramento ou fiscalização através das barreiras”, disse Brasileiro, que é vice-presidente da FNP (Frente Nacional de Prefeitos) para as cidades fronteiriças.
A instalação de barreiras foi tratada em reunião da FNP no dia 2 de junho e os prefeitos das cidades fronteiriças pleitearam ao Ministério da Saúde apoio em ações que atendam demandas de testagem, vacinação e vigilância sanitária. Brasileiro afirmou que as cidades estão à disposição para colaborar com a Anvisa e aguardam liberação e apoio financeiro do governo federal para executar essa tarefa.
“Temos papel fundamental no controle da covid-19 no Brasil, porque nossos municípios são a porta de entrada. Precisamos realmente fazer controle de vigilância e podemos ajudar a frear essa transmissão acelerada, se tivermos um bom controle e uma boa vigilância de fronteira”, disse no encontro.
Vacinas
O prefeito de Foz afirmou que a portaria 654, do governo federal, define uma política para portos, aeroportos e fronteiras, mas que as fronteiras com o Paraguai estão totalmente liberadas. “Precisamos do apoio do governo. Apenas o município não consegue instalar essa barreira em uma área que é federal”, disse.
Além da questão sobre as barreiras sanitárias, o grupo também discutiu a possibilidade na ampliação do número de doses de vacina para as cidades fronteiriças. Isso porque, de acordo com o prefeito Chico Brasileiro, há muitos brasileiros que moram nos países vizinhos. “Na faixa da fronteira de Foz com o Alto Paraná (Paraguai), são 98 mil brasileiros residindo”, disse.
Dessa maneira, o grupo quer que esse público extra esteja previsto nos lotes de distribuição de vacina, “até porque também são usuários do nosso sistema de saúde”, afirmou Brasileiro, defendendo a urgência de doses extras para essas regiões.
Assessoria