Para suprir a falta de oxigênio em hospitais públicos e privados do Paraguai, o governo do país vizinho pediu ao governo brasileiro que permita o envio do produto ao país. Na terça-feira (8), autoridades do Ministério da Saúde, da Indústria e Comércio do Paraguai e representantes de empresas brasileiras, acertaram um envio semanal de aproximadamente 700 toneladas de oxigênio.
O Ministério da Saúde do Paraguai informou que o consumo de oxigênio no país aumentou 500%, devido ao aumento no número de pessoas internadas com a Covid-19 nos último meses, fazendo com as empresas distribuidoras do produto não conseguissem mais cumprir os contratos.
“Uma das soluções imediatas que encontramos foi pedir ao Brasil que libere uma maior quantidade de oxigênio para a exportação ao nosso país, no qual, o presidente Mario Abdo Benítez falou diretamente com o presidente Jair Bolsonaro, que por sua vez manifestou esforço para que isso seja possível”, disse o ministro da Saúde do Paraguai, Julio Borba.
O Paraguai deverá ainda construir usinas de processamento de oxigênio em diferentes serviços de saúde.
Ontem, a empresa La Oxigena Paraguaya S.A emitiu um comunicado informando que está em risco iminente de interromper o fornecimento de oxigênio e pediram ao governo melhorar as condições de importação do produto.
A empresa explicou que a falta do produto no mercado local é consequência da disparada do consumo devido a crise sanitária e a distância entre países como Chile e Uruguai, que não possuem restrições para a exportação de oxigênio medicinal.