Pedido de transferência:
Diretor Hospital Foz:
Um brasileiro internado após agravamento da Covid-19, na UTI de um hospital de Cidade do Leste, no Paraguai, espera a transferência para o sistema de saúde brasileiro. Idael José dos Santos, é de cidade Ibituva, no interior paranaense e trabalhava em propriedade agrícola na região da fronteira paraguaia.
Lucélia Beltrão Boarão, procurou o jornalismo da Rádio Cultura para contar que o marido está entubado há 4 dias, com um gasto diário de R$ 2 mil. Ela disse que não tem mais condições de pagar o hospital e pediu a transferência do marido para o Hospital Municipal Germano Lauck, em Foz do Iguaçu.
“Não temos igual ao Brasil um sistema único de saúde. Então ele está internado no particular, que é muito caro”, disse Lucélia, informando que foi informada que não há leitos de UTI disponíveis na cidade, mas que o marido foi inserido na central reguladora de leitos.
“A gente pode deslocar com uma UTI móvel. Então esse é meu pedido de ajuda. Quero transferir, seja Foz, Cascavel, Guarapuava. Onde tiver leito disponível”, pede Lucélia.
O diretor do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, Sérgio Fabris, informou em entrevista à Rádio Cultura uma transferência pode ser autorizada ao Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro de três maneiras: Via Samu, encaminhado por uma Unidade de Saúde ou de um hospital para outro.
“O paciente que está em outro hospital solicita uma vaga a Central de Regulação. A preferência é para o paciente que não está em um hospital. O paciente internado no Paraguai também é colocado na Central de Regulação. Porém, como até ontem tínhamos 18 entubados na UPA fica complexo aceitar transferência de outros hospitais”, explicou Fabris.
Fabris informou que existem vários pedidos de transferência hospitalar, inclusive de pacientes internados em hospitais privados ou de hospitais de menor complexidade.
Até a terça-feira (9), mais de 170 pacientes da Macro-regional Oeste estavam na fila por um leito público. Na 9º Regional de Saúde são 45 pacientes à espera de um leito no Hospital Municipal.
Fabris informou ainda, que a Regulação vê como prioridade quem ainda não conseguiu uma vaga em algum hospital.