A vacinação de brasileiros que vivem no Paraguai está pressionando o sistema de saúde dos municípios fronteiriços. Essa situação se verifica principalmente em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, e Foz do Iguaçu, Paraná, municípios colados as cidades gêmeas paraguaias de Pedro Juan Caballero e Ciudad Del Este, respectivamente.
O Paraguai está mais atrasado que o Brasil no seu sistema de vacinação, sendo que menos de 1% da população foi imunizada até agora. Por isso, os brasileiros que moram lá têm buscado o serviço de saúde brasileiro para se proteger do Covid-19. O problema histórico de pressão do sistema de saúde fronteiriço foi agravado pela pandemia e está faltando vacina em Ponta Porã.
A vacinação dos brasileiros residentes em países que fazem fronteira com o Brasil foi tema de entrevista do presidente do IDESF, Luciano Stremel Barros, à TV Morena (Rede Globo/MS), exibida nos programas Bom Dia MS e, também, no Jornal Nacional.
“Existem cerca de 700 mil brasileiros vivendo nas áreas fronteiriças dos 10 países que fazem fronteira com o Brasil. Se o Governo Brasileiro se dispuser a vacinar todo esse contingente residente em países vizinhos, terá que desembolsar em torno de R$ 100 milhões a mais”, avaliou Barros. O dirigente também destacou na entrevista que alguns estados da federação são mais impactados, como Mato Grosso do Sul e o Paraná, que fazem fronteira com o Paraguai, país com maior número de brasileiros residentes.
Na entrevista, o Secretário de Saúde de Ponta Porã, Patrick Derzi, calcula que os brasileiros residentes no país vizinho sobrecarregam o sistema de 30% a 40%. Para atender a essa demanda, o governo de Mato Grosso do Sul pediu margem extra de 30% de vacinas ao Governo Federal.
Fonte: IDESF