Os meteorologistas preveem a partir deste segundo semestre do ano, uma das maiores crises hídricas em cinco estados brasileiros, entre eles, o Paraná. Especialistas geração de energia e distribuição de água falaram sobre o assunto, nesta sexta-feira (28), no programa Contraponto.
Preparada para crises hídricas, a Itaipu Binacional não deverá ser afetada na questão de produção de energia, como contou Rafael Favoreto, engenheiro eletricista da Itaipu Binacional. O lago da hidrelétrica também é a principal fonte de captação de água para Foz do Iguaçu.
Segundo ele, estudos foram feitos nos anos 70 olhando cenários críticos dos anos 40 e 50. Hoje, mesmo tendo uma quantidade baixa de água ainda é maior do que naquele período crítico do sistema.
“Itaipu vai garantir essa quantidade de energia. Estamos produzindo menos, mas ainda é mais do que ela foi feita para entregar. Em termos de consumidor de sistema elétrico, está preparada para essa baixa”, disse o engenheiro.
Júlio Gonchoroski, diretor estadual de Meio Ambiente da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), contou que existe um planejamento de longo prazo da companhia e um programa de investimento para ciclos de 4 anos, para atenuar crises de água.
“Fenômenos como dessa magnitude de estiagem no estado do Paraná são ciclos mais longos. Por exemplo, esse ciclo de estiagem que a bacia do Paraná está passando, remota aquele de 2002, dos apagões no Brasil”, lembrou Gonchoroski.
Para prevenir, a Sanepar mantém um cronograma de investimentos. “Então nós precisamos ter um planejamento de curto e longo prazo. E outra coisa, é entender que as famosas mudanças climáticas existem, embora alguns não acreditem, existem e vão ser cada vez mais intensas e frequentes”, disse o diretor de Meio Ambiente.
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