O diretor-geral brasileiro da Itaipu, general João Francisco Ferreira, participou de um bate-papo com os empregados da usina, para falar sobre os principais pontos que vão nortear sua gestão. No encontro, Ferreira reforçou o compromisso com as obras e projetos desenvolvidos atualmente e também reafirmou a prioridade de estudos para reduzir a tarifa de eletricidade de Itaipu já em 2022.
O atual diretor-geral brasileiro assumiu o cargo no momento em que estão sendo preparados os documentos técnicos para embasar a renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu. Esse documento define as bases financeiras da usina e de prestação dos serviços de eletricidade e, pelo próprio Tratado, poderá ser alterado em 2023, de acordo com o que resultar das negociações entre o governo brasileiro, via ministérios de Relações Exteriores e de Minas e Energia, e o governo paraguaio.
De acordo com Ferreira, o avanço do pagamento da dívida contraída para construir a usina possibilitará a redução de dois componentes do Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse) da Itaipu: encargos financeiros e amortização dos empréstimos recebidos, que deverão estar praticamente quitados no ano seguinte. Nesse sentido, Ferreira destacou a adoção do orçamento de base zero, já em preparação neste ano de 2021.
A redução do impacto desses dois componentes do custo da eletricidade de Itaipu vai permitir que a usina entre numa nova fase, “o que vai começar a beneficiar os consumidores brasileiros e paraguaios a partir do próximo ano”, disse. Mas a perspectiva de redução da tarifa não deverá comprometer o financiamento de obras e de outros projetos estratégicos para a região de fronteira.
“Os objetivos estratégicos serão mantidos e as diretrizes podem sofrer alterações se a situação exigir, mas sempre de acordo com os princípios da administração pública que constam no artigo 37 da Constituição de 1988 e que podem ser resumidos na sigla Limpe: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”, resumiu.
Fonte: Assessoria