A Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu já aplicou 76.326 mil doses da vacina contra a Covid-19. Dessas, 24,397 mil são de segunda dose, que em tese traria a imunidade total à pessoa vacinada.
No entanto, um caso relatado na cidade colocou em questionamento essa imunidade. Um senhor de 75 anos morreu no dia 13 de maio por complicações da Covid-19, mesmo após ter sido vacinado com a segunda dose. Segundo a família, ele foi internado sete dias após a dose de reforço.
A médica infectologista, Dra. Flávia Trench, participou nesta quarta-feira (19) do programa Contraponto, da Rádio Cultura, explicando o caso. “Então nós temos 24 mil histórias de sucesso e um insucesso. É isso o que precisamos reforçar na cabeça das pessoas”, salientou.
Dra. Flávia explicou que uma pessoa mesmo sendo vacinada corretamente com as duas doses da vacina e passado os 15 dias, pode ser contaminada. Ela citou um exemplo, de que “a vacina funciona mais ou menos como um treinados de defesa pessoal, que não vai lutar para você, mas ensinar a lutar (…) se você estiver em uma situação de risco, vai poder se defender”, comparou.
“A vacina está ali para treinar nosso sistema de defesa para encontrar o coronavírus e se sair da melhor maneira possível”, explicou ela, dizendo que a situação ideal é a infecção não acontecer, ou ainda, que seja leve. E a outra, que mesmo você tendo uma infecção mais séria que não vá óbito. “É isso o que a vacina tem o potencial de te propor. Mas, existem pessoas como aquelas que não vão respondendo ao seu treinador e não será capaz de se defender”.
“E por isso a gente insiste, quando você se vacina, protege você e o outro do teu lado que não tem essa capacidade tão grande de se defender mesmo vacinado e faz um círculo de proteção em volta”, explicou.
A médica defende ainda, que o Município faça o estudo de óbitos, para que possa analisar as causas de uma morte em pessoa vacinada. “Assim que no mundo se descobriu quem são as pessoas de risco, como os mais velhos, hipertensos, cardiopatas e que agora a gente tem visto os obesos e pacientes mais jovens que não víamos no início da pandemia”, disse.
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