Venda de casas na Invasão do Bubas é ilegal

Oito anos depois, muitos dos primeiros moradores já não estão mais no local e é comum ver placas de vende-se> em frente às casas ou em grupos de redes sociais.

Silvia Palandi (FozHabita)

Maria Lúcia Batista (representante moradores)

Um dos maiores bairros de Foz do Iguaçu, o Porto Meira, abriga a considerada ‘maior invasão urbana do Paraná’. A Invasão do Bubas começou em janeiro de 2013 e hoje abriga cerca de 12 mil famílias que esperam a regularização da área.

O Estado e o Município tentam resolver a situação na Justiça, à espera de uma decisão que indenize o proprietário da área de 40 hectares próximo a fronteira com a Argentina.

Oito anos depois, muitos dos primeiros moradores já não estão mais no local e é comum ver placas de vende-se em frente às casas ou em grupos de redes sociais.

A superintendente do Instituto de Habitação de Foz do Iguaçu (Fozhabita), Silvia Palandi, lembra que o Bubas ainda é um área irregular. “Eles passam o direito de posse do terreno, que na realidade eles ainda não tem”, disse.

Silvia salienta que o morador para ter direito ao terreno após a regularização, terá que comprovar o tempo de permanência na área.

“O problema hoje é que aquilo ali vai aumentando e a gente não consegue ter controle. As pessoas vendem uma coisa que não é delas. Estão comprando um terreno em uma área irregular, que elas não sabem se terão a posse no futuro. Na realidades os moradores tem que se atentar a qualquer área irregular no município, seja no Bubas ou em outro ponto da cidade, que depois eles não conseguem ficar com a propriedade do imóvel. Depois quem compra é que vai ficar com o prejuízo”, alertou Silvia.

Maria Lúcia Batista, representante dos moradores do Bubas, contou que não consegue ter controle das vendas e que os moradores esperam melhorais. Segundo ela, a eletricidade ainda é irregular. “Não temos como fiscalizar todo mundo, quando vemos já foi vendido há 4 ou 5 dias”.

“A ocupação aqui não mudou muita coisa. A única coisa que temos certo é que não sairemos daqui, que o loteamento já é nosso. Só estamos esperando a infraestrutura, que é fazer os lotes, cortas as ruas, essas coisas. A Copel ainda não fez a fiação, mas a Sanepar forneceu uma rede no loteamento”, disse.

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