A taxa de transmissão do vírus causador da Covid-19 atingiu 1.48 em Foz do Iguaçu. De acordo com o diretor da vigilância epidemiológica, Roberto Doldan, esse é o maior índice registrado na cidade desde o início da pandemia. O ideal é que a taxa de transmissão fique abaixo de 1.
A taxa de transmissão serve como uma estimativa de como a doença se espalha entre a população. Assim, quando esse número é menor ou igual a 1, espera-se queda no número de casos. E, quando maior que 1, espera-se um aumento no número de casos.
Quanto maior é a taxa, maior é a velocidade do contágio do coronavírus. Ou seja, uma estimativa de como a doença se espalha entre a população. O cálculo é feito a partir da média dos últimos sete dias, levando em conta as novas infecções nesse intervalo de uma semana. O número é dinâmico, podendo sofrer alterações.
“A taxa aumentou assustadoramente em Foz, até duas semanas atrás estava menos de um, considerada ideal, e hoje estamos em 1,48. Então o que concluímos é que o vírus está se reproduzindo em uma velocidade intensa na cidade. Por isso se justifica o aumento expressivo de casos em Foz” explicou Doldan.
Segundo Doldan, a taxa aumentou não só em Foz, mas no estado do Paraná e também no Brasil. Ele salienta que pode ser um indicativo de que pode estar iniciando a terceira onda da doença.
“Foz aumentou o número de casos em 78% em relação a 14 dias atrás. Tínhamos uma média móvel de 54 casos diários e agora já atingimos 100 casos por dia, e a ocupação de leitos de UTI que há 5 dias se mantém 100% ocupada. Então, possivelmente, estamos entrando na terceira onda” argumentou.