O júri popular do acusado pela morte da menina Rachel Genofre, que teve o corpo encontrado dentro de uma mala na rodoviária, em novembro de 2008, acontece nesta quarta-feira (12) em Curitiba. A morte de Rachel é um dos crimes mais emblemáticos da história do estado e a autoria só foi descoberta após o cruzamento de material genético de Carlos Eduardo dos Santos com o da vítima. A família prepara uma manifestação pedindo pena máxima para o acusado.
Santos é acusado por diversos crimes e está preso em um presídio de Sorocaba, no estado de São Paulo. Ele chegou a entrar com pedido de liberdade, o que foi negado pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri da Região Metropolitana de Curitiba. O acusado responde por homicídio duplamente qualificado, por meio cruel e para garantir a ocultação de outro crime.
Segundo a mãe de Rachel Genofre, Maria Cristina Lobo de Oliveira, a expectativa é por uma pena máxima para Carlos Eduardo.
“Nossa expectativa é que ele sofra a pena máxima, porque um criminoso assim não pode ficar solto, porque é um perigo para as nossas crianças. A dor da perda da Rachel está presente desde o dia do crime dentro da família. É um monstro que precisa pagar pelo que fez”
Maria Cristina confirmou que haverá uma manifestação no dia do julgamento.
“O movimento feminista vai realizar um protesto a partir das 12h30 no Tribunal do Júri, na Praça Nossa Senhora da Salete, já que o júri deve começar às 13h30. Solicitamos o apoio de quem puder, usando máscara e tomando todos os cuidados devido à pandemia”
Caso Rachel
No final da tarde do dia 3 de novembro de 2008, a menina Rachel Genofre deixava o Instituto de Educação, no Centro de Curitiba, após o término das aulas. O tchau dado pela garota aos colegas de classe é a última lembrança que se tem de Rachel ainda viva. O corpo da garota, morta por esganaduras no pescoço, só foi encontrado dois dias depois, na noite do dia 5, dentro de uma mala abandonada embaixo de uma escada, na Rodoferroviária de Curitiba.
O caso só veio a ter uma solução possível 11 anos depois, com a identificação de Carlos Eduardo dos Santos pelo Banco Nacional de Perfis Genéticos. Em interrogatório, o acusado confessou o crime.
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