A presidente do Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico de Ciudad del Este (Codeleste), Linda Taigen, participou nesta sexta-feira (7) do programa Contraponto, onde falou sobre os desafios econômicos da região, criticando a vacinação lenta nos dois países.
Ainda, a presidente do Codeleste se mostrou crítica ao modelo de lojas francas adotadas pelo Brasil, que competem com as lojas locais vendendo os mesmos produtos a um custo menor. Segundo ela, isso afeta a economia local e nacional e é um “tiro no pé”.
Uma opção, para ela, é que os países da região fizessem uma troca de conhecimentos para encontrar o melhor modelo para a instalação dessas lojas livres de impostos, sem interferir na economia local.
Com duas lojas francas em Foz do Iguaçu, e com a perspectiva de abertura de outras duas, Linda informou que até o momento essas lojas não impactaram economicamente no comércio de Ciudad del Este. “Por enquanto o impacto é psicológico, sendo que economicamente ainda não foi sentido no comércio paraguaio”, disse.
No Paraguai, a lei de impostos que diminui os preços dos produtos na fronteira é por lei nacional e não embasada na lei do Mercosul, como foi feito na Argentina, Uruguai e Brasil.
O Codeleste apresentou ao Congresso Nacional do Paraguai uma lei de reexportação, possibilitando e arrecadação de mais impostos através da venda de produtos nacionais. A lei possibilitará que o Paraguai venda produtos próprios nos centros comerciais das quatro cidades da fronteira, sem imposto. Hoje, apenas produtos importados podem ser vendidos nessas regiões com impostos diferenciados.
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